A China evitou grandes surtos do novo coronavírus com um regime de bloqueios, testes em massa e restrições nas viagens. Quem chega ao país tem que cumprir uma quarentena de até três semanas, num hotel designado pelo governo, inclusive para passageiros de Hong Kong.
Mas redes de contrabandistas entre o território semiautónomo chinês e a China continental permitem contornar essa quarentena.
Quatro pessoas testaram positivo para o coronavírus, após entrarem ilegalmente a partir de Hong Kong, disseram as autoridades de saúde esta semana.
Várias cidades da província de Guangdong, que faz fronteira com o território de Hong Kong, anunciaram imediatamente o pagamento de recompensas para obter mais informações sobre estas redes.
A polícia de Huizhou, uma localidade perto da fronteira, disse na quinta-feira que quer “mobilizar a população” para lutar contra as entradas ilegais e impedir qualquer contágio importado.
“Aqueles que fornecerem pistas sobre entradas no território que se revelarem ilegais ou criminosas receberão uma recompensa de até 200.000 yuans (28.000 euros)”, afirmaram as autoridades.
Avisos semelhantes foram emitidos em pelo menos cinco outras cidades da província.
Nas proximidades, as autoridades de saúde relataram duas pessoas positivas para o coronavírus na província de Hunan (sul).
De acordo com a polícia local, eles “entraram a partir de Hong Kong por meios ilegais”, antes de usarem um veículo e telemóveis preparados para continuarem a sua jornada. Estas pessoas são alvo de uma investigação policial.
As outras duas pessoas infetadas foram descobertas na terça-feira em Guangdong.
De acordo com a imprensa de Hong Kong, um total de 15 pessoas foram contrabandeadas para a China continental nos últimos dias através desta província.
Os hospitais de Hong Kong estão sobrecarregados por um surto de Covid-19, causado pela variante Ómicron.
O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu à região que tome “todas as medidas necessárias” para conter a epidemia.
LUSA/HN
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