Guiné-Bissau pondera levantar obrigatoriedade de apresentação de teste à chegada ao país

4 de Março 2022

O Governo da Guiné-Bissau está a ponderar levantar a obrigatoriedade de apresentação de teste à Covid-19 pelos portugueses que aterrem no país, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde guineense.

“Portugal decidiu não pedir mais testes para chegarem cá [a Portugal]. A mesma coisa também penso que vamos fazer na Guiné, [mas] ainda não discutimos isso, pois estive fora [do país] duas semanas”, disse Dionísio Cumba à agência Lusa, durante uma visita particular ao Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, para agradecer a disponibilidade e a colaboração que esta unidade hospitalar tem mantido com o Ministério da Saúde Pública guineense.

O ministro, que também é médico de profissão, explicou que foi apresentado, na quinta-feira, mais um decreto do Estado de Alerta, devido à pandemia de Covid-19, acrescentando que nos próximos 15 dias será avaliada e discutida a questão da apresentação obrigatória de teste à chegada ao país.

“Vamos ver se a pessoa pode ir, pode chegar ao aeroporto e fazer o teste rápido. Temos fragilidades no país, não temos meios para controlar. Temos de ter esta precaução, se calhar, só de controlar quem entra com um teste rápido. Mas ainda não tratámos isso, mas penso que brevemente vamos também tratar e emparelhar com Portugal”, afirmou Dionísio Cumba.

Portugal dispensa os cidadãos de apresentarem teste à chegada a Portugal, mas as autoridades guineenses exigem teste aos portugueses alegando que este é necessário para entrarem nas instalações do aeroporto.

Na segunda-feira, as autoridades guineenses davam conta de mais 59 casos da doença provocada pelo novo coronavírus e uma vítima mortal.

Segundo dados divulgados pelo Alto-Comissariado para a Covid-19, referentes à semana entre 21 e 27 de fevereiro, foram registados mais 59 casos de covi-19 para um total acumulado de 8.004 e mais uma vítima mortal para um total de 167 mortos registados desde o início da pandemia.

O país regista 853 casos ativos e mantém uma taxa de positividade de 6,4%.

“Continuamos a assistir a um declínio do número de casos, mas ainda falta uma maior redução para falar do fim da quarta vaga”, salientou, na ocasião, Plácido Cardoso, secretário do Alto-Comissariado para a Covid-19.

As autoridades sanitárias indicaram nesse dia que 49% da população alvo está completamente vacinada e que 75% tem pelo menos uma dose da vacina.

A Guiné-Bissau pretende vacinar 683.921 pessoas, ou seja, 70% da população com idade igual ou superior a 18 anos.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

LUSA/HN

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