Líder do parlamento dos Açores condena guerra e lamenta atropelo dos valores democráticos

6 de Março 2022

O presidente do parlamento dos Açores, Luís Garcia, condenou no sábado a guerra no território ucraniano, tendo feito um apelo à paz na Ucrânia e na Europa, onde se tem “atropelado” valores elementares da democracia.

O presidente da assembleia legislativa dos Açores, que falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nas comemorações do centenário da Associação de Bombeiros Voluntários, fez “um apelo à paz na Ucrânia, e na Europa”, condenando uma guerra que não só “tem matado centenas de inocentes”, como tem “atropelado os mais elementares valores que se defende e nos quais se alicerça a vivência democrática”.

Citado numa nota de imprensa, Luís Garcia manifestou a sua solidariedade para com o povo da Ucrânia e com os cidadãos daquele país que vivem nos Açores, fazendo questão de estender o mesmo sentimento a todos os russos opositores do regime do Presidente Vladimir Putin.

“Para sermos justos nas palavras de condenação e repúdio que endereçamos aos dirigentes russos, temos de excecionar todos os cidadãos russos que também rejeitam esta atuação dos seus governantes. Alguns desses cidadãos russos também vivem nos Açores, e queremos que continuem a sentir-se bem na nossa terra”, disse.

Já sobre as comemorações da Associação de Bombeiros Voluntários, Luís Garcia reconheceu e homenageou todos aqueles que ao longo destes 100 anos “dirigiram e dirigem” esta organização de Angra de Heroísmo e “exerceram as funções de comando”, bem como os bombeiros que naquela casa “serviram, e servem, todos os dias”.

O presidente do parlamento açoriano referiu que a pandemia de Covid-19 alterou “a vida dos soldados da paz e das associações humanitárias de bombeiros”, sendo que “as exigências cresceram” e as fontes de receita “começaram a diminuir”.

Este fator levou a assembleia legislativa a aprovar recomendações aos governos, nesta e na anterior legislatura, com vista a “adoção de medidas de apoio às associações de bombeiros” da região, para “fazer face às contingências resultantes da pandemia”.

Luís Garcia disse que os Açores possuem um Serviço de Proteção Civil e associações de bombeiros “bem apetrechados, quer em termos de recursos humanos, quer de equipamentos”.

O responsável defendeu a necessidade de se “promover, junto das crianças e jovens, campanhas e medidas de incentivo ao voluntariado nas corporações de bombeiros da região”.

Na mesma cerimónia, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, disse que a associação em questão é um “exemplo de serviço ao próximo” e uma “verdadeira força viva da sociedade civil”.

O governante considerou ainda que os bombeiros são “verdadeiros heróis do quotidiano das freguesias e cidades” e um “orgulho para as populações que servem”.

“Às bombeiras e bombeiros quero prestar o meu sentido reconhecimento pela vossa coragem e determinação, no socorro às populações, no transporte de acidentados e doentes urgentes e na prevenção e sensibilização acerca de catástrofes naturais”, afirmou.

Na mesma intervenção, Artur Lima apontou que o atual Governo dos Açores tem trabalhado num “compromisso que permita a dignificação dos bombeiros açorianos, ao nível das suas carreiras e da sustentabilidade financeira das respetivas associações”.

“O Programa do XIII Governo Regional dos Açores, instrumento de orientação política do Governo, reconhece a necessidade em robustecer o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores”, concluiu.

LUSA/HN

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