Afeganistão pretende vacinar 1,2 milhões de crianças contra o sarampo numa semana

14 de Março 2022

O Afeganistão pretende vacinar 1,2 milhões de crianças contra o sarampo numa semana, quando o país sofre um surto endémico da doença, que provocou este ano 142 mortes e mais de 18 mil casos, declarou esta segunda-feira a OMS.

“Esta campanha de imunização contra o sarampo faz parte da resposta nacional para impedir a propagação do surto, salvar a vida de crianças pequenas e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde”, disse o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Afeganistão, Luo Dapeng.

As autoridades sanitárias do Governo talibã, com o apoio da agência da ONU, esperam cobrir 49 distritos de 24 províncias afegãs, numa campanha que começou no passado sábado e termina nesta quinta-feira.

A OMS alertou para um aumento alarmante de casos de sarampo no Afeganistão, um surto que começou no início de 2021 devido à “acumilação de um número elevado de crianças menores de 05 anos que não foram imunizadas”.

Entre janeiro de 2021 e o último domingo, o país registou 48.366 casos e 250 mortes e., só neste ano, 142 crianças já morreram devido à doença.

O número crescente de casos de sarampo é “particularmente preocupante” quando somado aos “níveis extremamente altos de subnutrição” no Afeganistão, disse a OMS.

O sarampo é particularmente perigoso entre as crianças que sofrem de subnutrição, que após contraírem sarampo sem terem sido vacinadas, podem apresentar sintomas como cegueira, encefalite, diarreia grave, desidratação e doenças respiratórias como pneumonia.

O Afeganistão enfrenta uma crise humanitária e económica agravada pela tomada do poder pelos talibãs em agosto, o consequente isolamento internacional, bem como o congelamento de fundos afegãos no estrangeiro e o corte das ajudas diretas.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Impacto da dieta na DII

A alimentação é um dos temas que mais dúvidas levanta entre as pessoas que vivem com doença inflamatória do intestino (DII), nomeadamente Doença de Crohn e Colite Ulcerosa. Apesar de não ser uma causa direta da doença, acredita-se que os hábitos alimentares podem desempenhar um papel importante na forma como os sintomas se manifestam e na gestão do dia a dia da patologia.

Impacto da dieta na DII

A ciência tem vindo a demonstrar que a saúde intestinal tem uma relação direta com a saúde mental. Estudos confirmam que o intestino é um órgão essencial na produção de neurotransmissores, como a serotonina, que influenciam o humor e o bem-estar emocional.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights