“A decisão do conselho de administração do FMI permite um desembolso imediato de cerca de 2,7 milhões de dólares [2,4 milhões de euros] a São Tomé e Príncipe para ajudar a cumprir as necessidades de financiamento, apoiar a despesa social e a recuperação pós-pandémica”, lê-se no comunicado enviado aos jornalistas.
O programa de ajustamento financeiro foi aprovado em outubro de 2019, e prevê uma ajuda financeira de 18,15 milhões de dólares [16,3 milhões de euros], dos quais 15,1 milhões de dólares [13,5 milhões de euros] já foram desembolsados.
“A estabilidade macroeconómica foi mantida e o desempenho ao abrigo do programa [Extended Credit Facility, ECF, na sigla em inglês] tem sido constante, apesar de a pandemia ter adiado algumas reformas estruturais”, acrescenta o FMI.
Os técnicos do Fundo destacaram o “excecional apoio internacional e as rápidas ações das autoridades”, considerando que isso ajuda a lidar com os impactos socioeconómicos e sanitários da pandemia, mas não melhora a perspetiva de evolução, que é “ensombrada pelo impacto da guerra na Ucrânia, que deverá colocar a economia sob pressão”.
A economia de São Tomé e Príncipe abrandou o crescimento para 1,8% em 2021, face aos 3% registados em 2020, mas a perspetiva continua favorável, diz o FMI.
“O crescimento deverá aumentar para 2,3% este ano e 2,8% em 2023; as projeções de crescimento são menores que as da terceira revisão do programa devido ao impacto das inundações na agricultura e no comércio, mas deverão chegar aos 4% a médio prazo, apoiadas em melhores infraestruturas e no forte potencial do turismo”, diz o Fundo.
LUSA/HN
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