Nos ofícios, enviados a seguir à posse do Governo, que decorreu quarta-feira à tarde no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifesta o seu “empenho e disponibilidade” em colaborar no encontro de soluções para os problemas que afetam cada um dos ministérios a nível dos profissionais de saúde e dos utentes.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do sindicato, Jorge Roque da Cunha, afirmou que o SIM “é um sindicato construtivo” e, como tal, pretende iniciar com o novo Governo “um processo que melhore a situação da saúde dos portugueses”.
“Solicitámos junto do Ministério da Saúde, onde há várias questões fundamentalmente relacionadas com a falta de investimento e a falta de profissionais, que estão a debilitar todos os dias o Serviço Nacional de Saúde para rapidamente fazermos uma reunião com esse ministério”, adiantou.
No ofício dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido, o SIM manifesta disponibilidade para encontrar soluções para “melhorar o SNS e a motivação dos médicos”, considerando ser “fundamental o início de processo negocial com os sindicatos médicos”.
Relativamente ao Ministério da Defesa, Jorge Roque da Cunha explicou o envio do ofício com a saída “muito recentemente” de vários médicos por “incapacidade de fixação”, reafirmando o seu empenho em ajudar a encontrar soluções para melhorar “os problemas sérios de assistência” aos “valorosos militares veteranos e respetivas famílias.
Para tal, lê-se no documento, “é essencial consolidar a carreira médica, aumentar o número de médicos, evitar rescisões e inverter o recurso de prestadores de serviço médicos que representam mais de 60% dos cuidados prestados.
“Lamentavelmente, o ministério das Finanças e apesar dos esforços do seu antecessor não resolveu uma grave injustiça que afeta dezena e meia de médicos”, refere o SIM, pedindo uma reunião com a nova ministra da Defesa, Helena Carreira.
Por outro lado, “é muito grave” o que está a acontecer nos estabelecimentos prisionais, onde a direção-geral resolveu na semana passada “alterar as remunerações dos médicos”, defendendo ser “essencial que se inverta também o número de prestadores de saúde”.
“São cada vez mais os prestadores em vez dos médicos que estão nos quadros das prisões e, por isso, pedimos também uma reunião com a ministra da Justiça, [Catarina Sarmento e Castro]”, disse, manifestando a disponibilidade do SIM para “melhorar os problemas sérios de assistência nas prisões e robustecer o Instituto de Medicina legal e ciências forenses”.
LUSA/HN
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