Macau vai deixar entrar profissionais do ensino, professores portugueses incluídos

14 de Abril 2022

Macau anunciou esta quinta-feira que vai levantar as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, com os professores portugueses a serem incluídos no programa-piloto, quando as escolas internacionais sentem carência de docentes.

No caso da permissão de entrada de gestores de instituições de ensino e de professores, as autoridades fizeram questão em dar como exemplo que esta medida abria a porta à entrada de docentes portugueses.

“É uma notícia que recebo com muito agrado. Embora já se estivesse a tentar colmatar a saída de alguns professores através da contratação local, havia dificuldades [para a contratação] em outros grupos disciplinares, pelo que é importante”, disse à agência Lusa o diretor da escola Portuguesa de Macau, Manuel Machado.

As autoridades indicaram ainda que este regime excecional inclui igualmente estudantes universitários estrangeiros.

Em entrevista à Lusa no início deste mês, o reitor da Universidade de São José, já afirmara ser “terrivelmente importante (…) regressar aos países” onde a instituição estava “a recrutar fortemente, na Ásia, em África e na Europa e trazer estudantes” para Macau.

O responsável alertou mesmo que a universidade “ou é um local onde Portugal, o mundo lusófono e a China interagem, ou não é nada. Não tem qualquer outra verdadeira identidade”.

O programa-piloto abrange ainda a entrada de trabalhadores não-residentes de nacionalidade filipina.

Uma resposta das autoridades à escassez de trabalhadores domésticos, justificada hoje pelo facto da maioria dos trabalhadores não-residentes serem oriundos das Filipinas (à exceção da China continental) e daquele país possuir um credível registo de vacinação, exigida à entrada de Macau, para além de uma quarentena de 14 dias num hotel a ser paga pelos empregadores.

Macau, que apenas registou 82 casos desde o início da pandemia, tem mantido fortes restrições fronteiriças desde o início de 2020, proibindo a entrada de estrangeiros, apostando numa política de ‘zero casos’ de Covid-19.

A Covid-19 provocou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde o início da pandemia.

A doença é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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