Retorno de médicos guineenses no estrangeiro depende das condições internas no país

26 de Abril 2022

O ministro da Saúde guineense, Dionísio Cumba, defendeu esta terça-feira que o retorno de médicos guineenses que trabalham no estrangeiro depende da criação de condições nos hospitais do país, um processo que disse estar em curso.

Em entrevista à Lusa para assinalar o início de uma campanha de vacinação de crianças contra a poliomielite, Dionísio Cumba disse que o regresso dos médicos guineenses “é um sonho” que alimenta desde que foi nomeado ministro, em maio de 2021.

“Este é um grande projeto, um grande sonho que tinha quando cá cheguei como ministro. Ver como podemos fazer esta imigração dos nossos colegas médicos que estão fora do país, alguns já estão com muita experiência e quase na reforma, iam ser mais-valias para o país”, observou o governante.

Dionísio Cumba assinalou que há vontade de muitos médicos guineenses em ajudar o país, mas disse ser necessário que o Governo crie as condições para os receber.

“Voltar para trabalhar num centro de saúde não faz sentido, voltar também para trabalhar num hospital que não tem meios de diagnósticos não faz sentido”, vincou Dionísio Cumba.

O ministro adiantou que a partir do próximo ano o país poderá começar a receber médicos guineenses, com as melhorias em curso no sistema de saúde, nomeadamente no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.

“As reestruturações que estamos a fazer no Hospital Nacional Simão Mendes enquadram-se nessa política de melhoria das infraestruturas sanitárias e criar condições que são propícias para que um médico possa trabalhar e dar mais respostas ao paciente”, observou Cumba.

Médico formado em Itália, o ministro guineense afirmou que no próximo dia 30 chega ao país uma equipa italiana com um projeto para montar na Guiné-Bissau um hospital para 600 camas.

LUSA/HN

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