De acordo com a associação “as respostas do Serviço Nacional de Saúde são muito escassas e, na maioria dos casos, ineficazes”. Neste sentido, considera que Portugal precisa de dar uma resposta mais eficiente às mulheres que sofrem de endometriose.
A dirigente da MulherEndo destacou que no início deste ano presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou uma estratégia nacional visando gerir, divulgar e diagnosticar a Endometriose. É com agrado que a associação olha para as medidas europeias que estão a ser implementadas nesta área, pois a estratégia francesa demostra que “a doença não é apenas um problema feminino, é um problema social e que exigirá a criação de redes regionais.”
Susana Fonseca considera que “Portugal precisa de seguir este exemplo”.
A petição lançada pela MulherEndo quer ver implementado: o estatuto de doença crónica para pacientes com diagnóstico de Endometriose e/ou Adenomiose; a possibilidade de recolha de ovócitos em pacientes diagnosticadas com Endometriose; a criação da licença menstrual para pacientes com diagnóstico de Endometriose e/ou Adenomiose; a inclusão dos progestagénios – 8.5.1.3 na lista fixada pela Portaria n.o 195-D/2015, de 30 de junho, “que estabelece os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos de medicamentos que podem ser objeto de comparticipação e os respetivos escalões de comparticipação” e criação de uma comissão de trabalho relativa a esta patologia.
A petição conta atualmente com mais de sete mil assinaturas, tendo como primeiros signatários profissionais de saúde com relevância no panorama nacional e internacional, nomeadamente o Diretor de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Luz Lisboa, o Coordenador do Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva e Endometriose do Centro Hospitalar do Porto e a Coordenadora do Serviço de Ginecologia/Obstetricia e do Centro de Tratamento de Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa.
PR/HN/Vaishaly Camões
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