O fluxo de pessoas que fogem diariamente da Ucrânia desde que as forças russas invadiram o país, a 24 de fevereiro, estava a diminuir muito acentuadamente desde o final de março, mas voltou a aumentar nos últimos dias.
Segundo o ACNUR, até hoje deixaram o seu país 5.429.739 ucranianos, mais 56.885 pessoas do que na contagem divulgada na quinta-feira.
Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, sendo que cerca de 90% dos que fugiram são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), também ligada às Nações Unidas, indicou que mais de 7,7 milhões de pessoas estão deslocadas dentro do país, sendo que quase dois terços das crianças ucranianas tiveram de fugir de suas casas.
Antes do conflito, viviam na Ucrânia mais de 37 milhões de pessoas, excluindo as populações da Crimeia (sul), região anexada em 2014 pela Rússia, e das áreas a leste sob controlo dos separatistas pró-russos há oito anos.
A Polónia continua a ser o país para onde os ucranianos mais fogem, tendo já recebido 2,9 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, mais de 924 mil pessoas cruzaram a fronteira polaca para a Ucrânia, número composto por homens ucranianos que viviam naquele país e decidiram juntar-se ao exército ou residentes que regressaram a casa, referiu hoje a guarda fronteiriça da Polónia.
O segundo país que recebeu, até hoje, mais refugiados é a Roménia, para onde fugiram 810.021 ucranianos, enquanto a Rússia acolheu cerca de 656 mil, a Hungria 513 mil, a Moldova 441 mil e a Eslováquia 367 mil.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma v na Ucrânia que já matou mais de 2.700 civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
LUSA/HN
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