Hospitalizações por insuficiência cardíaca continua a ser um desafio

6 de Maio 2022

O número de doentes com insuficiência cardíaca a nível nacional mantém-se ainda elevado. Numa altura em que se assinala o Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, os especialistas alertam para a gravidade da doença. Estima-se que mais de metade dos doentes voltam para o hospital no prazo de 30 dias após terem recebido alta.

A prevalência da doença tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, agravando as expectativas dos especialistas sobre o número de doentes e impacto na qualidade de vida. Os especialistas lamentam que a IC continue a ter elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.

Dulce Brito, cardiologista especializada no tratamento da IC alerta “para a importância de atuarmos cada vez mais na prevenção de episódios graves que levem à necessidade de hospitalização ou re-hospitalização de doentes com insuficiência cardíaca, em especial aqueles com fração de ejeção diminuída, após um evento de descompensação.

Estima-se que anualmente os custos de hospitalização nos sistemas de saúde, devido à insuficiência cardíaca, rondem os 405 milhões de euros, sendo a grande “fatia” devida a custos dos internamentos.

Este é um cenário que tem de ser rapidamente  mudado não só pela dificuldade que traz na gestão da própria doença (quer para quem sofre de insuficiência cardíaca, quer para os seus cuidadores), como também pelos custos efetivos que estes episódios de urgência representam na despesa em saúde. Cerca de 24% das re-hospitalizações por insuficiência cardíaca ocorrem 30 dias após um evento de descompensação, reforça a cardiologista.

Atendendo ao impacto na qualidade de vida, os especialistas alertam que após o diagnóstico da doença é importante que os doentes controlem alguns sintomas e estejam atentos a quaisquer alterações que possam surgir, tais como: aumento de peso, falta de ar, inchaço nos pés e tornozelos, tonturas, dor no peito, aumento da frequência cardíaca, entre outros.

A prática de exercício físico e a manutenção de uma alimentação saudável são alguns dos conselhos dos especialistas.

PR/HN/Vaishaly Camões

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

68% dos doentes não têm a asma controlada

Muito prevalente, subdiagnosticada e mal controlada, a asma ainda pode ser causa de morte no nosso país. Para aumentar a literacia sobre esta doença, o GRESP, a SPAIC e a SPP, embarcam no Autocarro da Asma para esclarecer a comunidade

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights