A prevalência da doença tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, agravando as expectativas dos especialistas sobre o número de doentes e impacto na qualidade de vida. Os especialistas lamentam que a IC continue a ter elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
Dulce Brito, cardiologista especializada no tratamento da IC alerta “para a importância de atuarmos cada vez mais na prevenção de episódios graves que levem à necessidade de hospitalização ou re-hospitalização de doentes com insuficiência cardíaca, em especial aqueles com fração de ejeção diminuída, após um evento de descompensação”.
Estima-se que anualmente os custos de hospitalização nos sistemas de saúde, devido à insuficiência cardíaca, rondem os 405 milhões de euros, sendo a grande “fatia” devida a custos dos internamentos.
“Este é um cenário que tem de ser rapidamente mudado não só pela dificuldade que traz na gestão da própria doença (quer para quem sofre de insuficiência cardíaca, quer para os seus cuidadores), como também pelos custos efetivos que estes episódios de urgência representam na despesa em saúde. Cerca de 24% das re-hospitalizações por insuficiência cardíaca ocorrem 30 dias após um evento de descompensação”, reforça a cardiologista.
Atendendo ao impacto na qualidade de vida, os especialistas alertam que após o diagnóstico da doença é importante que os doentes controlem alguns sintomas e estejam atentos a quaisquer alterações que possam surgir, tais como: aumento de peso, falta de ar, inchaço nos pés e tornozelos, tonturas, dor no peito, aumento da frequência cardíaca, entre outros.
A prática de exercício físico e a manutenção de uma alimentação saudável são alguns dos conselhos dos especialistas.
PR/HN/Vaishaly Camões
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