As exportações subiram 3,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 273,6 mil milhões de dólares (259 mil milhões de euros), um abrandamento acentuado, em relação ao crescimento de 15,7%, de março, de acordo com os dados publicados pelas alfândegas chinesas.
Refletindo a queda na procura interna, as importações subiram apenas 0,7%, para 222,5 mil milhões de dólares (211 mil milhões de euros), em linha com o crescimento inferior a 1%, alcançado no mês anterior.
Os dados refletem o impacto da estratégia de ‘tolerância zero’ à covid-19, decretada pelo Partido Comunista Chinês, e que inclui o encerramento de fábricas, portos e serviços logísticos, deprimindo a atividade manufatureira e o consumo.
Os analistas esperam que a atividade económica melhore este mês, com a diminuição do número de novos casos, mas o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou, na semana passada, o compromisso de Pequim com a política de ‘zero covid’.
As exportações para os Estados Unidos aumentaram 9,5%, para 46 mil milhões de dólares (43,7 mil milhões de euros), apesar da prolongada guerra comercial entre os dois países, que resultou na imposição de taxas alfandegárias punitivas de ambos os lados.
As importações de produtos norte-americanos avançaram 0,9%, para 13,8 mil milhões de dólares (13,1 mil milhões de euros).
O excedente comercial global da China aumentou 19,4%, para 51,1 mil milhões de dólares (48,5 mil milhões de euros), enquanto o ‘superavit’ politicamente volátil com os Estados Unidos diminuiu 65%, para 9,8 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros).
O número de casos da China é relativamente baixo, mas a política de zero casos resultou no confinamento da população de Xangai e suspendeu o acesso aos centros industriais de Cantão (sul) e Changchun (nordeste).
Nos últimos dias, as autoridades relaxaram as medidas em Xangai, permitindo que milhões de pessoas saíssem das suas casas, mas as restrições aumentaram em Pequim e outras cidades.
Fábricas de automóveis e outros fabricantes que tentaram continuar operar com os funcionários em circuito fechado, a morar dentro das instalações, foram forçados a reduzir ou suspender a produção, porque o fornecimento de componentes foi interrompido.
A economia da China cresceu 4,8%, no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período no ano anterior. Economistas alertaram, no entanto, para um abrandamento no trimestre entre abril e junho, face às medidas antiepidémicas.
O consumo interno foi também afetado por uma campanha oficial para reduzir o nível de endividamento no vasto setor imobiliário da China, que sustenta milhões de empregos. Isso desencadeou uma desaceleração económica no segundo semestre de 2021.
LUSA/HN
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