Bastonário da Ordem dos Médicos de Cabo Verde aponta especialização como prioridade

18 de Janeiro 2022

O bastonário da Ordem dos Médicos Cabo-verdianos, Danielson Veiga, afirmou na segunda-feira que até 70% dos médicos no serviço público de saúde de Cabo Verde não têm especialidade e garantiu que essa será a prioridade do novo mandato.

“Cerca de 60 a 70% dos médicos que trabalham no Sistema Nacional de Saúde ainda não têm especialidade. A especialidade é o maior sonho de qualquer médico. Vai ser a principal preocupação para este mandato”, afirmou Danielson Veiga, em declarações aos jornalistas após a cerimónia de posse dos novos órgãos da Ordem para o triénio 2022 a 2024, na cidade da Praia.

Trata-se do segundo mandato de Danielson Veiga à frente da Ordem dos Médicos Cabo-verdianos, na sequência das eleições realizadas em 28 de novembro de 2021, em que foi o único candidato, contando com 430 membros com capacidade eleitoral (votaram 199).

À margem da cerimónia de ontem foi igualmente lançado pela Ordem o curso de especialização em exercício de Medicina Geral, Familiar e Integrada, fruto de um protocolo com o Governo português, com formação ao longo de dois anos distribuída entre hospitais em Portugal e Cabo Verde.

“Em princípio vamos formar 25 médicos já na primeira remessa, em medicina geral familiar, que é a base da atenção primária na saúde”, destacou, alertando para a importância desta especialização, ao nível dos cuidados primários, para travar a chegada de casos de doenças em fases mais avançadas às unidades centrais.

Ainda nesta aposta na especialização, o bastonário revelou que já está pronto a ser assinado um protocolo com o Brasil.

“O estado [brasileiro] do Ceará já nos prometeu a formação de pelo menos 20 a 25 por ano, a Cabo Verde, na área da especialidade. É uma prenda para os nossos médicos”, sublinhou Danielson Veiga, à margem da cerimónia, que assinalou ainda o 25.º aniversário da Ordem dos Médicos Cabo-verdianos e o Dia Nacional do Médico.

De acordo com os dados revelados ontem, na mesma cerimónia, pelo ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, trabalham nos serviços públicos de saúde do arquipélago 368 médicos, num rácio de sete médicos por cada 10 mil habitantes.

LUSA/HN

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