O Hospital Garcia de Orta (HGO) foi alvo do ataque informático em 26 de abril, o que, segundo a unidade hospitalar, levou à ativação dos planos de contingência, assegurando-se os registos clínicos em suporte de papel.
Numa resposta enviada à agência Lusa, o HGO explica que, mesmo com relatórios efetuados manualmente, a devida identificação do utente é sempre assegurada.
Neste momento, adianta o hospital, o sistema informático está a ser reposto de forma gradual, tendo em conta as orientações da Polícia Judiciária (PJ) e da Comissão Nacional de Cibersegurança (CNCS) para identificar a origem deste crime.
O ataque decorre de um ‘malware’ (‘software’ malicioso) que se propaga de forma viral, designado ‘ransomware’, e em que o “pedido de resgate” consiste numa mensagem automática gerada pelo próprio vírus.
Relativamente aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, o HGO refere que tem assegurado a resposta necessária para o adequado seguimento clínico dos doentes.
Por outro lado, a unidade hospitalar acrescenta que até ao momento não há evidência de que os dados dos utentes tenham sido comprometidos.
O HGO refere que a realização de consultas subsequentes ficou comprometida, prevendo a sua retoma, na íntegra, ainda esta semana, em todos os serviços clínicos.
Quanto à reposição total da normalidade, o hospital adianta na resposta que, “atendendo à complexidade do trabalho técnico que está a ser desenvolvido pelas equipas de informática, não é possível estabelecer uma data”.
Neste contexto adverso, adianta, “as equipas do HGO estão empenhadas na sua missão de prestar cuidados de saúde e a redobrar os seus esforços, maximizando os meios ao seu dispor, na assistência aos cidadãos dos concelhos de Almada, do Seixal e de outros concelhos do Sul do país, para quem esta unidade hospitalar é referência”.
“O espírito de compromisso e coesão de equipas multidisciplinares e multigeracionais do HGO tem sido determinante para garantir a resposta e a prestação dos cuidados de saúde às populações da área de referência desta unidade”, refere.
LUSA/HN
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