Sob o tema “Não chegues atrasado ao diagnóstico”, a sessão visa reforçar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce, assim como também quer contribuir para um maior esclarecimento de temas que se relacionam com a doença como a alimentação.
De acordo com Marília Cravo, vice-presidente da SPG “as DII são doenças crónicas, autoimunes, do tubo digestivo e incluem a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. Registam baixa mortalidade, mas elevada morbilidade e, por isso, têm um grande impacto na qualidade de vida”. A responsável mostrou-se ainda preocupada com o aumento da incidência. “Em Portugal, estima-se que afetem cerca de 25 mil pessoas. Afetam principalmente jovens adultos, e pode ter consequências devastadoras na sua qualidade de vida, produtividade laboral, e relações íntimas”, acrescentou.
Apesar de ainda sere desconhecidas as causa da doença, as manifestações mais frequentes são as dores abdominais e a diarreia cuja evolução pode ser flutuante. Estas alterações do trânsito intestinal e cólicas abdominais levam os doentes a fazer dietas restritivas e, como tal, é também frequente os mesmos referirem perda de peso.
Estudos demonstram que existe um atraso significativo no diagnóstico em doentes com DII, especialmente com Doença de Crohn.
Joana Torres, da SPG, explica que “esta uma área de investigação em expansão o que poderá permitir redefinir a forma como abordamos a doença nos próximos anos” e sublinha que “até lá, e na ausência de nenhuma estratégia preventiva claramente comprovada, promover uma microbiota saudável (evitar antibióticos desnecessários no início de vida, promover aleitamento materno, promover uso de dieta mediterrânica sem conservantes, entre outras), evitar tabagismo, são estratégias de vida saudável que a SPG, com iniciativas como esta, promove junto da população”.
O webinar decorre esta quinta-feira pelas 21h00.
PR/HN/Vaishaly Camões
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