A psoríase é uma doença inflamatória crónica e recidivante e, como tal, exige manutenção da terapêutica, tópica ou sistémica, no sentido de evitar as recidivas da patologia que acarretam sinais e sintomas com impacto importante na qualidade de vida dos doentes, no seu bem-estar físico e psicológico e na sua produtividade laboral. Um estudo realizado com 394 doentes com psoríase ligeira a moderada, reportou uma mediana de três recidivas da doença cutânea por ano, com uma duração média de vinte dias por cada recidiva, que inclui sintomas e sinais, como descamação, prurido, rubor, dor, ardor, fadiga e hemorragias locais. Os doentes com psoríase mal controlada, que não aderem à terapêutica, sofrem mais recidivas e, consequentemente, reportam piores índices de qualidade de vida, deterioração funcional e oportunidades profissionais perdidas, enquanto os que estão em remissão clínica têm resultados mais favoráveis em termos de produtividade, auto-estima e qualidade de vida. Cabe-nos a nós médicos
fomentar a educação para a saúde e para a doença no caso da psoríase, realçando a importância da mudança de hábitos e estilo de vida no controlo das comorbilidades associadas, nomeadamente do ponto de vista cardiovascular, bem como a instituição de uma terapêutica personalizada para cada doente e o reforço da sua manutenção para evitar exacerbações. A escolha da terapêutica visa sempre maximizar a eficácia e minimizar a toxicidade dos fármacos, tópicos e sistémicos, disponíveis para o tratamento da psoríase. Esta escolha é determinada pela forma clínica da doença,
localização, extensão, gravidade e comorbilidades. Na decisão terapêutica devem pesar ainda fatores como acessibilidade, fármacos usados anteriormente, preferência e objetivos do doente, para que o doente se sinta parte integrante da decisão terapêutica e compreenda a necessidade da adesão à mesma para a manutenção da sua saúde física e mental. Desta forma, incluindo o doente na seleção da terapêutica mais adequada ao
seu caso particular, com enfoque na relação médico-doente é possível incrementar a adesão à terapêutica e, assim reduzir os custos particulares e globais em saúde associados às recidivas da psoríase com necessidade de introdução de terapêuticas reativas cada vez mais intensivas, com maior risco de toxicidade e potencialmente comprometendo a eficácia a longo-prazo dos fármacos.
Número de adultos diabéticos no mundo mais do que quadruplicou em 30 anos
O número de adultos diabéticos no mundo ultrapassou os 800 milhões, mais do que quadruplicou desde 1990, segundo um estudo hoje divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta para “um aumento alarmante” da diabetes.
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