Médico angolano defende sistema de vigilância para controlar vírus Monkeypox

20 de Maio 2022

O médico especialista de saúde pública angolano Jeremias Agostinho defendeu esta sexta-feira, em Luanda, a garantia de funcionamento do sistema de vigilância face à subida de casos do vírus Monkeypox, que se registam nesta altura na Europa.

Em declarações à agência Lusa, o médico referiu que existe o receio que o país venha a registar casos dessa doença, tendo em conta o movimento muito grande entre África e Europa.

“Sim, existe esse receio, porque a Europa nesta altura está a ter um número bastante considerável de casos, não só a Europa como também América e este número de casos, infelizmente, tem estado a alastrar-se”, referiu.

Segundo o médico, este movimento entre os dois continentes, principalmente por via aérea, aumentou com a retoma da atividade económica e “existe esse risco”.

“O que temos de fazer é garantir que o sistema de vigilância funcione ao ponto de identificar estes mesmos problemas e corrigi-los o mais rápido possível”, salientou.

Para o médico especialista em saúde pública, o país vai ter “um desafio muito grande de controlar essa infeção”.

“Ainda não sabemos qual será a forma como esta infeção vai desenrolar-se no nosso país, porque nós já temos muitas doenças virais e pode ser provável que, à semelhança da Covid-19, o nosso organismo esteja mais preparado para se defender de uma provável invasão ao organismo por parte deste vírus, mas é algo que ainda não dominamos, mas estamos todos em alerta”, observou.

O vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus (o mais conhecido deste género é o da varíola) e a doença é transmissível através de contacto com animais, ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.

A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos e em Portugal já se registam 23 casos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

LUSA/HN

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