Em comunicado, a OMS adianta que está a trabalhar com os parceiros para entender melhor a extensão e a causa dos surtos de varíola do macaco (Monkeypox).
O vírus é endémico em algumas populações animais em vários países, levando a surtos ocasionais entre pessoas locais e viajantes, mas “os recentes surtos registados até agora em 11 países são atípicos, uma vez que estão a ocorrer em países não endémicos”, refere a OMS.
Segundo a OMS, há cerca de 80 casos confirmados até agora e 50 investigações pendentes. “É provável que mais casos sejam reportados à medida que a vigilância se expande”.
A Organização Mundial da Saúde sublinha que está a trabalhar com os países afetados e outros países para expandir a vigilância da doença, para encontrar e apoiar as pessoas que podem ser infetadas e fornecer orientações sobre como gerir a doença.
“Continuamos a convocar reuniões de peritos e grupos de assessoria técnica (como a reunião de hoje [sexta-feira] do Grupo Estratégico sobre Riscos Infecciosos com Potencial Pandémico e Endémico) para partilhar informações sobre a doença e estratégias de resposta”, sublinha a OMS que continua a receber atualizações sobre o estado dos surtos de Monkeypox (que se espalha de forma diferente da Covid-19) em curso em países não endémicos.
A Organização Mundial da Saúde apelas às pessoas para se manterem informadas, através de fontes fiáveis, como as autoridades de saúde nacionais, sobre a extensão do surto na sua comunidade (se houver), sintomas e prevenção.
Adverte ainda que a resposta à doença deve focar-se nas pessoas infetadas e nos seus contactos próximos e lembra que “estigmatizar grupos de pessoas por causa de uma doença nunca é aceitável”.
“Pode ser uma barreira para acabar com um surto, pois pode impedir as pessoas de procurarem os cuidados de saúde, e levar a uma propagação não detetada”, alerta no comunicado.
Portugal contabiliza 23 casos de infeção pelo vírus Monkeypox segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), que aguarda resultados relativamente a outras amostras.
LUSA/HN
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