Sociedade alerta que uma em cada três mulheres morre devido a doenças cardiovasculares

31 de Maio 2022

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta que uma em cada três mulheres morre devido a doenças cardiovasculares. Um dos principais fatores de risco é o colesterol elevado.

Os especialistas destacam que 80% destas mortes podem ser prevenidas através da adoção de um estilo de vida saudável, ou através de um diagnóstico e de um tratamento atempados. Segundo Ana Teresa Timóteo, vice-presidente da SPC, “o impacto das doenças cardiovasculares nas mulheres não tem sido devidamente valorizado. As DCV matam mais mulheres do que homens e, em conjunto, são mais fatais do que todas as causas de cancro combinadas. Este é um problema grave.”

A responsável frisa que é “necessário sensibilizar as mulheres portuguesas para esta realidade, reforçar a importância da prevenção através da adoção de um estilo de vida saudável ou, se necessário, de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado”.

Apesar da mortalidade associada e das sequelas decorrentes de um acidente vascular cerebral ou de um enfarte agudo do miocárdio, as doenças cardiovasculares nas mulheres continuam a ser pouco estudadas – a subrepresentação das mulheres nos ensaios clínicos é um problema –, estão subdiagnosticadas e subtratadas.

Apesar de os especialistas alertarem para o impacto dos níveis de colesterol elevado, os resultados de um estudo da autoria da fundação Portuguesa da Cardiologia revelam que mais de metade da população portuguesa (58%) desconhece os seus níveis de colesterol. Este valor é mais expressivo nos jovens entre os 15 e os 24 anos – 90% –, e vai descendo com o avanço da idade até aos 48% na faixa etária dos 65 e mais anos.

Atualmente, as doenças cardiovasculares (DCV) continuam a ser a principal causa de morte a nível global.

PR/HN/Vaishaly Camões

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