O movimento do chamado “Reichsbürger” – ou Cidadãos do Reich –, em particular, que não reconhece as atuais fronteiras da República Federal da Alemanha nem as suas autoridades, foi reforçado com esses manifestantes, dizem os autores do Relatório sobre a Proteção da Constituição.
“O potencial de ‘Reichsbürger’ e ‘Selbstverwalter’ (autogovernados) voltou a aumentar em comparação com o ano anterior em 1.000 pessoas, para um total de 21.000. Este aumento deve-se principalmente aos protestos contra as medidas de proteção contra o coronavírus”, lê-se no relatório.
Os autores detetaram um “maior dinamismo e atividade” em setores desta área da extrema-direita e referem que, até ao final de 2021, tinham sido revogadas as licenças de armamento de pelo menos 1.050 membros daqueles movimentos.
“No entanto, continua a existir um elevado potencial de violência e perigo de posse de armas”, alerta o relatório.
O movimento de cidadãos para contestar as restrições decretadas pelas autoridades alemãs para impedir a propagação da pandemia conseguiu reunir dezenas de milhares de pessoas em manifestações que ocorreram em todo o país.
Na Alemanha, foram registados até agora 26,5 milhões de casos de Covid-19 e 139.000 pessoas morreram devido à doença provocada pelo coronavírus.
Cerca de 77,6% da população recebeu pelo menos uma vacina, 75,9% recebeu duas doses e a vacina de reforço foi administrada a 59,8% da população.
Desde março passado, o número de novas infeções veio a diminuir, mas nos últimos dias voltou a aumentar até atingir mais de 1.750 casos em 24 horas, mais 995 dos registados há uma semana, segundo dados revelados hoje.
As autoridades admitem esperar uma nova vaga de infeções no final do verão ou início do outono.
LUSA/HN
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