Hospital de Santarém com equipa reduzida em obstetrícia, doentes reencaminhados

12 de Junho 2022

O Hospital de Santarém com uma equipa reduzida em obstetrícia e pediu ao centro de orientação de doentes urgentes (CODU) para reencaminhar eventuais utentes para outros hospitais, disse à Lusa fonte da unidade.

“Entre as 08:00 de hoje [sábado] e as 08:00 de domingo o hospital está com uma equipa reduzida e, por isso, foi feita uma reorganização do serviço de urgências”, afirmou a fonte, explicando que as urgências de obstetrícia não estão encerradas, há é um pedido ao CODU para reencaminhar casos para outros hospitais da zona, por falta de recursos humanos em Santarém.

A fonte não disse se a situação se normalizará a partir das 08:00 de domingo.

Segundo a mesma fonte, a situação de falta de recursos só se verificou este sábado, tanto mais que na sexta-feira foram feitos seis partos e o hospital esteve a receber doentes de Vila Franca de Xira.

“Os hospitais trabalham em rede, e sempre que é ativado o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] essa ativação é gerida pelo CODU. O que fizemos foi avisar o CODU de que vamos estar com uma equipa reduzida da manhã de hoje [sábado] às 08:00 de domingo. É uma situação normal, precisamente porque os hospitais funcionam em rede”, disse a fonte.

Na sexta-feira a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) alertou para constrangimentos no funcionamento dos serviços de obstetrícia e ginecologia até segunda-feira em vários hospitais na região de Lisboa.

“Apesar de todos os esforços desenvolvidos, não foi possível ultrapassar os constrangimentos no funcionamento de alguns serviços de obstetrícia/ginecologia da região, que irão ocorrer entre o final do dia de hoje (10 de junho) e o final do dia de segunda-feira (13 de junho), período de feriados”, disse a ARSLVT, em comunicado.

O Hospital de Braga confirmou que vai fechar este domingo, e durante 24 horas, a urgência de obstetrícia “pela impossibilidade de completar escalas”, depois do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ter denunciado a situação.

Na sexta-feira foi noticiado o caso de uma grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha.

LUSA/HN

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