Justiça da Guiné Equatorial condena empresa envolvida em escândalo sanitário

14 de Junho 2022

A justiça equato-guineense condenou a empresa Comercial Santy após um escândalo sanitário ao alterar os prazos de validade de alguns produtos alimentícios, anunciou hoje a televisão estatal TVGE.

A Comercial Santy, empresa de importação-exportação com sede na Guiné Equatorial desde a década de 1960, foi condenada pelo tribunal de Bata, capital económica deste país da África Central, por “ofensa à saúde pública” após a venda de medicamentos não autorizados.

A empresa terá de pagar uma multa de 411 milhões de francos cfa (cerca de 625 mil euros).

O tribunal de Bata também ordenou a apreensão das máquinas usadas para alterar os prazos de validade e a destruição de todos os produtos confiscados pelas autoridades cujas datas foram alteradas.

Vários funcionários e gerentes da Comercial Santy, de nacionalidade espanhola, indiana e colombiana, detidos em março, também foram considerados culpados e condenados a pagar conjuntamente a multa.

A Comercial Santy é uma das principais cadeias de supermercados e retalho farmacêutico da Guiné Equatorial e emprega principalmente cidadãos sul-americanos.

Em 2006, produtos congelados danificados destinados à venda pela Comercial Santy foram apreendidos pelas autoridades equato-guineenses.

A Guiné Equatorial é governada há mais de 42 anos por Teodoro Obiang Nguema, que acaba de completar 80 anos.

Rica em gás e petróleo, esta antiga colónia espanhola tem a grande maioria dos seus cerca de 1,3 milhões de habitantes a viver abaixo da linha da pobreza, segundo o Banco Mundial.

LUSA/HN

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