Os 22 peritos independentes deste comité votaram por unanimidade a favor desta autorização.
Com esta posição, cabe agora à agência norte-americana do Medicamento (FDA) dar “luz verde oficial”, sendo raro, contudo, que não siga o conselho do seu comité.
Até agora, a vacina da Moderna só era permitida nos Estados Unidos para adultos com 18 ou mais anos, ao contrário do que sucedia noutros países.
Os jovens norte-americanos só podiam receber a vacina da Pfizer.
“Isto vai dar às famílias mais uma opção”, declarou Ofer Levy, um dos membros da comissão.
As taxas de vacinação entre os menores são muito mais baixas do que as registas em adultos.
Para adolescentes entre os 12 e os 17 anos, a dosagem é a mesma para adultos (100 microgramas), enquanto para crianças entre os 6 e os 11 anos a dosagem é reduzida para metade (50 microgramas).
Apesar de a votação ter sido unânime, alguns peritos lamentaram que uma terceira dose não tenha sido permitida, desde o início, uma vez que, no seu entendimento, a proteção das vacinas tem-se revelado menos eficaz desde o aparecimento da variante Ómicron.
As autoridades de saúde norte-americanas esperaram até agora para ponderar a utilização da vacina da Moderna para adolescentes, devido, em particular, às preocupações com os riscos da miocardite, inflamação do músculo cardíaco.
Foi detetado um risco acrescido, após a utilização de vacinas ARN-mensageiro, como as da Pfizer e Moderna, especialmente, em crianças do sexo masculino.
Contudo, segundo os especialistas este risco é compensado pelos benefícios da vacinação.
Entretanto, na segunda-feira a FDA considerou que a vacina anti-covid da Pfizer é segura e eficaz em crianças menores de cinco anos.
A FDA tem marcada uma reunião de especialistas para quarta-feira com o objetivo de decidir se recomenda, ou não, a vacina Pfizer (administrada em três injeções para crianças de seis meses a cinco anos) e a da Moderna (duas injeções para crianças de seis meses a cinco anos).
Se, conforme esperado, especialistas indicados pela FDA recomendarem ambas as vacinas, o assunto transita de imediato para outro painel convocado pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), que terá a palavra final.
Na semana passada, funcionários da Casa Branca avançaram que o lançamento de milhões de doses destas vacinas em farmácias e consultórios médicos poderia começar já em 21 de junho.
LUSA/HN
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