“Têm idades compreendidas entre oito meses e 89 anos. Dos 36 casos testados, dez apresentam sintomas (…) e 26 são os casos assintomáticos”, disse hoje o diretor dos Serviços de Saúde de Macau em conferência de imprensa.
Com estas novas infeções, Macau regista 93 casos e zero mortes desde o início da pandemia.
Tal como no interior da China, Macau não contabiliza os casos assintomáticos e segue uma política de ‘zero casos’, mantendo quarentenas à entrada do território.
Macau decretou no domingo de madrugada o estado de prevenção imediata, depois de detetar 12 casos de Covid-19, oito deles assintomáticos, e decidiu avançar para a testagem maciça da população em 48 horas.
“Desde o meio-dia de ontem (05:00 de Lisboa) até às quatro da tarde de hoje (09:00 de Lisboa) foram testadas 459.687 pessoas”, acrescentou Alvis Lo.
“Até às quatro da tarde de hoje, já atingimos uma cobertura de 67% da população de Macau”, acrescentou o responsável, revelando que dois novos casos de infeção foram detetados durante o processo.
As autoridades, que admitiram desde o início do surto um possível acumular de casos e ser esta a situação mais grave vivida no território desde o princípio da pandemia, aplicaram inicialmente medidas de isolamento em duas zonas da cidade.
No entanto, esta tarde, já tinham sido delimitadas oito “zonas de controlo selada”. Nestas áreas é apenas permitida a entrada de pessoas, sendo que lhes está vedada a saída.
Noutras quatro zonas da cidade – “zona de prevenção” – não é permitida a saída dos edifícios antes de ser efetuado o primeiro de cinco testes de ácido nucleico obrigatórios.
A população de Macau, de mais de 680 mil pessoas, foi aconselhada a ficar em casa, com as autoridades a indicarem aos restaurantes que devem apenas vender comida para fora.
À exceção de estabelecimentos como supermercados, outros espaços devem fechar portas.
As atividades educativas das escolas foram suspensas, assim como outros eventos públicos. As autoridades decidiram também suspender o funcionamento dos equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos, bem como o encerramento de museus.
As autoridades garantiram no domingo que está assegurado o fornecimento de bens de primeira necessidade no território e, por isso, apelaram aos residentes “que não comprem em excesso nem façam a corrida às compras”.
Os serviços públicos em Macau vão manter-se encerrados pelo menos até terça-feira, com exceção daqueles que prestam serviços urgentes e indispensáveis ao público.
A testagem obrigatória da população vai decorrer até às 12:00 (05:00 em Lisboa) de terça-feira em 53 postos espalhados pelo território.
LUSA/HN
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