Em comunicado, a CIMAA revelou hoje que o respetivo presidente, Hugo Hilário, já assinou o protocolo de colaboração com o programa Cidadãos Ativ@s para a implementação do projeto, intitulado “Diálogos – Saúde Mental de Proximidade”.
A iniciativa destina-se a quem se encontre em sofrimento psicológico, padeça de crises de ansiedade e pânico, ideação suicida, depressão, alterações de perceção ou do pensamento, dificuldades relacionais e de ocupação, alterações de sono ou de humor, irritabilidade fácil e/ou desregulação emocional.
Segundo a CIMAA, para estas pessoas, em todo o território do distrito de Portalegre, “a ajuda vai estar à distância de um telefonema”, para o número 911 541 412.
“Um membro da equipa técnica irá ao encontro do utente, seja no domicílio ou noutro lugar que lhe seja conveniente”, assegurou.
O presidente da comunidade intermunicipal realçou hoje que “é evidente” a importância do protocolo, já que vai permitir operacionalizar o projeto.
“Quando falamos da garantia de uma boa qualidade de vida para todas as pessoas no Alto Alentejo, e falamos muitas vezes, temos de falar também da oferta de serviços de excelência para a defesa da saúde mental e tratamento de problemas do foro psicológico que possam existir nas nossas populações”, disse.
Hugo Hilário, também presidente da Câmara de Ponte de Sor, acrescentou: “Não queremos deixar ninguém para trás e a assinatura deste protocolo dá-nos essa segurança no campo da saúde mental”.
O projeto é baseado no sistema de tratamento e organização de serviços de saúde mental Diálogo Aberto, surgido na Finlândia, no início da década de 80 do século passado.
“Esta abordagem, que tem sido sistematicamente investigada nas últimas três décadas, tem apresentado resultados surpreendentes no que diz respeito à atenuação de sintomas, diminuição de internamentos e medicação e redução de desemprego e atribuição de subsídios por invalidez”, frisou a CIMAA.
A particularidade desta abordagem reside nos seus “métodos revolucionários”, que passam pelo “trabalho conjunto com a rede familiar e social de suporte” ou “o apoio em crises psiquiátricas”.
Além disso, aposta na “recuperação psicossocial e socioprofissional e [na] capacitação e formação de profissionais e de uma rede de suporte competente”, disse.
Cinco profissionais de saúde mental, com formação pós-graduada em sistema de diálogo aberto, terapia familiar e competências relacionais, integram o projeto.
“Diálogos – Saúde Mental de Proximidade” é financiado pelo programa Cidadãos Ativ@s e EEA Grants, sendo gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian, em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.
LUSA/HN
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