“É importante notar que o vírus foi isolado apenas de amostras ambientais – nenhum caso associado a paralisia foi detetado”, adiantou a OMS, citada em comunicado.
A OMS considera “importante que todos os países, especialmente aqueles com grande volume de viagens e contacto com países e áreas afetadas pela pólio, reforcem a vigilância para detetar rapidamente qualquer importação do vírus e facilitar uma resposta rápida”.
De acordo com o organismo, “qualquer forma de poliovírus, onde quer que seja encontrada, representa uma ameaça para as crianças em todos os sítios”.
As autoridades de saúde britânicas lançaram um alerta após terem sido encontrados nos esgotos de Londres vestígios do vírus da poliomielite, doença declarada erradicada do Reino Unido em 2003.
A Agência de Saúde e Segurança do Reino Unido (UKHSA) comunicou que o vírus foi detetado em amostras recolhidas entre fevereiro e junho na estação de esgotos de Beckton, que serve cerca de quatro milhões de pessoas no norte e leste da capital.
A agência de saúde acredita que o vírus pode ter chegado ao Reino Unido no início deste ano através de uma pessoa vacinada no estrangeiro, possivelmente no Afeganistão, Paquistão ou Nigéria e que essa pessoa possivelmente infetou outros indivíduos.
A poliomielite é uma doença infeciosa sem cura que afeta sobretudo crianças com menos de cinco anos e que só pode ser prevenida com a vacina.
Nalguns casos, pode provocar paralisia de membros.
O vírus espalha-se facilmente quando uma pessoa infetada tosse ou espirra e também pode propagar-se através de alimentos ou água que estiveram em contacto com as fezes de alguém infetado.
O último caso de poliomielite no Reino Unido foi registado em 1984 e o vírus foi declarado erradicado em 2003 no país.
Apesar de ter sido eliminado na maior parte do mundo graças a um grande programa de vacinação, o poliovírus continua a existir sobretudo no Afeganistão e no Paquistão.
Em 2020, segundo a OMS, foram confirmados 959 casos de poliomielite em todo o mundo.
LUSA/HN
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