No primeiro debate sobre política geral da legislatura, a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, centrou a sua intervenção na área da saúde, à semelhança das bancadas que a antecederam.
“O primeiro-ministro já reconheceu que há um problema estrutural e que temos de fixar os profissionais do SNS. Vai ou não aumentar os salários para a valorização destes profissionais e reconhecer a carreira dos técnicos auxiliares de saúde?”, questionou.
A deputada e porta-voz do PAN alertou que, se tal não for feito, os concursos abertos para o SNS continuarão a ficar desertos.
“Vamos continuar a adiar a solução para estas carreiras e para o SNS? Para quando, ou é como as obras de Santa Engrácia?”, disse.
Na resposta, António Costa remeteu a questão salarial para as negociações em curso entre o Ministério da Saúde e os sindicatos do setor.
“A carreira de técnico auxiliar de saúde está prevista no Orçamento do Estado recentemente aprovado e para a qual o PAN contribuiu”, disse.
Inês Sousa Real fez questão de secundar as críticas lançadas anteriormente pelo líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, sobre a forma como o primeiro-ministro escolheu gerir o seu tempo de resposta às bancadas (guardando largos minutos para fazer uma intervenção final, já sem réplica) e que também estendeu ao deputado e presidente do Chega, André Ventura.
“Temos de garantir que não só temos debates, sejam eles quinzenais ou noutros modelos, mas também debater com dignidade”, disse a deputada.
Na resposta, António Costa considerou que “o modelo dos debates não tem a ver com sua periodicidade, tem a ver com o estilo como o debate é formado, isso condiciona o seu exercício”, dizendo estar disponível para dar a sua opinião sobre essa matéria, se for questionado, numa altura em que existem projetos-lei de várias bancadas para alterar o formato destas discussões.
LUSA/HN
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