Na intervenção de abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, que se realizam na Península de Setúbal, Paula Santos sustentou que esta região “tem sido deixada ao abandono pelos sucessivos governos” e a “concretização de investimentos estruturais essenciais para o seu desenvolvimento e para o país é constantemente adiada”.
Em Palmela, a líder parlamentar do PCP advogou que esta região “tem características ímpares para a promoção da produção nacional”, nomeadamente uma “forte atividade industrial”, a “presença de setores produtivos, na agricultura e nas pescas, e a atividade de muitas micro, pequenas e médias empresas”.
“O desinvestimento a que a região de Setúbal tem sido sujeita é muito prejudicial”, reforçou a deputada eleita por este distrito nas legislativas de 30 de janeiro.
Paula Santos elencou os investimentos “que são cruciais” para dinamizar o tecido produtivo desta península: a ampliação do aeroporto de Lisboa ao Campo de Tiro de Alcochete, a terceira travessia do Tejo rodoferroviária, a plataforma logística do Poceirão, o alargamento do Metro Sul do Tejo e a requalificação de escolas e equipamentos sociais para crianças, idosos e pessoas com deficiência.
A saúde é uma das temáticas centrais das primeiras Jornadas Parlamentares do PCP nesta legislatura e, apontam os comunistas, a região de Setúbal é “uma das regiões onde é mais sentida a falta de profissionais de saúde”.
“Há 186.377 utentes sem médico de família, o que corresponde a 22,4% da população (…). Faltam profissionais de saúde para assegurar o adequado funcionamento dos serviços públicos”, nomeadamente os serviços de obstetrícia, completou a deputada comunista.
Os investimentos na área da saúde tardam, argumentou Paula Santos, principalmente a construção do Hospital do Seixal, a ampliação do Hospital de São Bernardo, a requalificação do Hospital Garcia de Orta e a construção de um novo hospital para servir as populações do Montijo e Alcochete.
As Jornadas Parlamentares do PCP realizam-se entre hoje e terça-feira na Península de Setúbal e incidirão em questões como o aumento dos preços, a valorização do trabalho e as carências da saúde.
Durante a tarde de hoje, Paula Santos vai encontrar-se com trabalhadores da Autoeuropa.
LUSA/HN
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