A moção, intitulada “Leiria exige mais!” e que tem como primeiro subscritor o presidente da Comissão Política Distrital, Hugo Oliveira, começa por assinalar ser inquestionável a importância do Serviço Nacional de Saúde, para depois salientar que “apresenta cada vez mais problemas de organização, de planeamento, mostra-se pouco eficiente, não responde adequadamente às principais causas de morte prematura, nem às doenças de elevada magnitude que o país enfrenta”.
Por outro lado, “não atua em proximidade de cuidados, não se articula com o setor privado, não previne adequadamente a doença, não envolve os cidadãos no processo de decisão em saúde, tem sérios problemas no acesso a vários tipos de serviços e não garante a qualidade dos cuidados de saúde que os portugueses necessitam”.
Nesta área, o PSD/Leiria apresenta 17 propostas, incluindo a construção de um centro de tratamento oncológico na região e o novo hospital do Oeste, a revisão dos valores pagos a empresas e corporações de bombeiros que fazem transporte de doentes ou a contratação de “todos os profissionais de saúde necessários para preencher as vagas em aberto nos centros hospitalares do distrito e, também, na rede de cuidados de saúde primários”.
Quanto à mobilidade e concretamente à ferrovia, o PSD sustenta que este é “um comboio cada vez mais difícil de apanhar”.
“(…) Assistimos ainda a uma promessa socialista de construção de uma nova linha de alta velocidade para serviço de passageiros entre Lisboa e Porto que, alegadamente, será projetada em duas fases, sendo que a primeira fase chegará a Soure”, explica o PSD de Leiria, propondo, na “preparação do projeto da construção” desta linha, que “tenha como local de término da primeira fase em Leiria”.
Já no âmbito da natalidade, os sociais-democratas do distrito consideram que urge “apoiar e incentivar a natalidade, valorizando os salários, implementando medidas que contribuam para a conciliação entre a vida profissional e familiar” ou aumentando a oferta de creches e educação pré-escolar de acesso universal e gratuito.
A moção refere-se, igualmente, à carga fiscal das empresas e trabalhadores, com o PSD/Leiria a defender que está “na hora de criar um regime fiscal que promova a fixação de população no território”, preconizando “a criação de um regime fiscal que permita beneficiar os trabalhadores que se desloquem dos grandes centros para os concelhos do interior, nomeadamente em sede de IMT [Imposto Municipal sobre as Transações Onerosas de Imóveis], IS [Imposto de Selo] e IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares]”.
A moção aborda ainda as temáticas da habitação, segurança social, floresta, emprego, universidade politécnica de Leiria, rodovia e a abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5, em Monte Real.
“Assim, o que a Assembleia Distrital apresenta ao congresso nacional do PSD é um pedido de apoio e de reconhecimento de um território que, embora seja peça basilar da economia portuguesa, padece de uma falta de investimento público ‘gritante’ fruto de um desprezo e falta de consideração de um governo socialista que tudo promete e nada executa”, acrescenta a moção, de 30 páginas.
O 40.º Congresso do PSD decorre de sexta-feira a domingo, no Porto.
LUSA/HN
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