Numa nota enviada à agência Lusa, a Universidade de Coimbra informou que o financiamento de 2,5 milhões de euros (ME) surgiu ao abrigo do programa EU4Health, promovido pela Comissão Europeia, para apoiar projetos na área da saúde.
Denominado “Outdoor Against Cancer Connects Us” (OACCUs), este projeto tem como objetivos centrais apoiar jovens sobreviventes de cancro, através da “criação de ferramentas para a promoção de um estilo de vida saudável”.
Visa ainda “quebrar o estigma associado a sobreviventes desta doença”.
“Centrado no trabalho junto de sobreviventes de cancro, o projeto pretende estabelecer também uma rede ativa e sustentada de jovens afetados pela doença, para que possam acolher e apoiar os seus pares que lidam também com o cancro”, informou.
Para além de ser integrada pela Universidade de Coimbra, esta iniciativa, que arrancou este mês de junho e vai estender-se até dezembro de 2023, reúne 14 parceiros oriundos de seis países europeus.
A coordenação é da Universidade de Umeå, da Suécia, reunindo uma equipa multidisciplinar, com profissionais das áreas de desporto, medicina, enfermagem, educação, jornalismo, sociologia e psicologia.
De acordo com a docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC) e coordenadora do projeto em Portugal, Paula Tavares, o OACCUs vai focar-se em quatro pilares.
“Na promoção de um estilo de vida saudável através do exercício físico, especialmente ao ar livre; no bem-estar psicológico e social; na alimentação saudável, adotando o máximo de alimentos não processados quanto possível; e na preservação do meio ambiente, contribuindo para um planeta saudável”, evidenciou.
A atuação nestes quatro domínios “vai ser feita de forma faseada”, criando ferramentas que vão “contribuir para a promoção de um estilo de vida saudável nos sobreviventes de cancro envolvendo amigos, família e a sociedade em geral”.
“O projeto culmina com a formação de embaixadores, que futuramente vão apoiar outros sobreviventes, permitindo que também eles adotem comportamentos mais saudáveis, principalmente o exercício físico em contacto com a natureza”, revelou.
Além deste acompanhamento e formação, o objetivo do projeto passa também “por encontrar pontos que permitam intervir numa população que sofre não só da doença, mas num caráter preventivo através da prática de exercício físico e da aplicação dos restantes pilares de uma vida saudável”.
“Pretende também encontrar ferramentas para sensibilizar a própria sociedade para o facto de alguém que sobreviveu a um cancro não ter uma sentença de morte e, por isso, poder ter uma vida com qualidade e saudável”, concluiu Paula Tavares.
LUSA/HN
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