De acordo com o ponto de situação feito às 22:00 de segunda-feira feito pelo CIVISA quanto à crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, tinham sido contabilizados um total de 42.590 eventos de baixa magnitude e de origem tectónica”, dos quais 297 sentidos pela população.
Com uma intensidade de IV na Escala de Mercali modificada, os “carros estacionados balançam”, as “janelas, portas e loiças tremem” e “os vidros e loiças chocam ou tilintam”, podendo as paredes ou estruturas de madeira ranger, revela o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página da Internet.
Quanto à ilha de São Jorge, “globalmente, a atividade sísmica das últimas semanas apresenta uma ligeira tendência decrescente, por vezes interrompida por pequenos períodos de maior frequência e/ou energia libertada, situando-se presentemente os hipocentros, no geral, a profundidades superiores a cinco quilómetros”, descreve o CIVISA.
Em 08 de junho, o CIVISA baixou o nível de alerta na ilha de São Jorge de V4 (ameaça de erupção) para V3 (sistema ativo sem iminência de erupção).
“A diminuição da atividade sísmica, ainda que de forma lenta, e a observação de tal padrão ao longo das últimas semanas, assim como a ausência de outros sinais anómalos ao nível da deformação, dos gases e das águas, levaram a determinar a descida do nível de alerta científico”, justificou.
A ilha estava desde 23 de março, às 15:30 (16:30 em Lisboa), com o nível de alerta vulcânico V4 de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”, na sequência da crise sismovulcânica registada desde 19 de março.
Antes disso, tinha sido ativado o alerta V2, no dia 20 de março às 00:40, e o V3, no mesmo dia, pelas 02:40.
Não obstante a descida do alerta, “a atividade sísmica continua muito acima dos valores de referência para a região, pelo que se mantém a possibilidade de se registarem eventos sentidos”.
Segundo o CIVISA, também “não se pode excluir a eventual ocorrência de sismos de magnitude mais elevada”.
O CIVISA “mantém os níveis de monitorização” na ilha, ao mesmo tempo que “está a providenciar o reforço da rede de observação sismovulcânica permanente, no sentido de poder detetar sinais precursores de uma nova situação pré-eruptiva”.
O sismo de maior magnitude desta crise (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
LUSA/HN
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