Em junho foi divulgado que o CHTMAD, com sede social em Vila Real, tinha uma dívida às corporações de bombeiros do distrito de cerca de “um milhão de euros”, registando “o maior atraso de pagamento a nível nacional, nomeadamente, de 11 meses”.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) disse hoje que o CHTMAD irá pagar às associações humanitárias, até sexta-feira, “tudo o que estiver faturado de 2021”.
O centro hospitalar irá, também, segundo a Liga, “avançar um adiantamento relativo aos primeiros três meses de 2022 com base na estimativa de igual período de 2021”.
Esta solução resulta de reuniões de trabalho entre o conselho de administração do CHTMAD, a Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real e a Liga.
E é também, segundo Rui Lopes, presidente da federação distrital, uma “boa notícia” para as associações humanitárias.
O responsável disse à agência Lusa que o pagamento da dívida em atraso vem ajudar as corporações que atravessam um período difícil em termos financeiros.
É um processo, acrescentou, que se arrasta desde o início da pandemia e que se agravou com o aumento generalizado dos preços, nomeadamente do combustível.
“Os serviços de transporte de doentes não urgentes que nós estávamos a efetuar, estávamos a pagá-los nós para os podermos fazer. Não queremos, naturalmente, ter lucro com esse serviço, mas não podemos também ficar de prejuízo”, apontou.
Rui Lopes disse, inclusive, que algumas associações chegaram a situação de quase rotura, em que não tinham dinheiro para pagar a funcionários ou até poderem despedir.
Nos 14 concelhos do distrito de Vila Real há 26 corporações de bombeiros.
LUSA/HN
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