Em comunicado, a coordenadora do Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI), Maria da Luz Brazão, diz que os Serviços de Urgência (SU) em Portugal estão “à beira do colapso” devido à “enorme afluência, criando sobrelotação e SU disfuncionais”.
A causa para este fenómeno “é multifatorial”. “O fator que mais afeta a sobrelotação localiza-se principalmente a montante (na quantidade e no tipo de cuidados que chegam aos SU), de seguida a jusante (disponibilidade e gestão de camas no internamento) e menos frequentemente no circuito do doente dentro do SU”, aponta a coordenadora.
“A gestão do acesso e dos percursos nos cuidados da doença aguda é um problema já identificado há muito em Portugal”, e o Colégio da Especialidade de Medicina Interna e o Colégio de Medicina Geral e Familiar já “delinearam soluções”. Estes “Contributos para a melhoria na acessibilidade aos serviços de urgência” passam por uma “reestruturação dos serviços de saúde (Hospitais e Cuidados de Saúde Primários)” que permita “alternativas válidas ao recurso indiscriminado às urgências”.
Este contributo “dá-nos uma visão de futuro para os serviços de urgência em Portugal, visão integradora, centrada na otimização da gestão e natural redução da procura de cuidados no SU e não na hipertrofia dos SU”, afirma Maria da Luz Brazão.
PR/HN/Rita Antunes
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