De acordo com Nuno Jacinto, Presidente da APMGF, a decisão do executivo de permitir que médicos indiferenciados assumam a gestão de listas de utentes nos centros de saúde é “um retrocesso gigantesco e inaceitável”.
O responsável considera que a medida simboliza o fim do papel dos médicos de família. A integração de médicos sem especialidade significa “dizer que qualquer um, sem formação específica nesta área, pode exercer estas funções”.
“Não podemos dizer, como diz o Sr. secretário de Estado, que médicos são médicos. Por essa ordem de ideias, todos poderíamos fazer tudo e, felizmente, não é isso que acontece. Existe uma especialidade clínica com 40 anos de história que não pode ser apagada de um dia para o outro”, frisa Nuno Jacinto.
A APMGF garante que o protesto terá a participação de especialistas e internos de MGF, mas também de médicos de outras especialidades, de outros profissionais de saúde, de representantes de associações de doentes e cidadãos “que, a título individual, desejam juntar-se a uma ação que mais não faz do que defender a igualdade, integridade e qualidade dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde.”
PR/HN/Vaishaly Camões
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