ARS-N garante que Serviços de Atendimento Urgente de Gaia e Espinho dão resposta

21 de Julho 2022

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) garantiu esta quinta-feira que os Serviços de Atendimento a Situações Urgentes (SASU) de Vilar de Andorinho, em Gaia, e de Espinho “dão resposta às necessidades” da população.

Em resposta à agência Lusa, na sequência de uma iniciativa pública de protesto promovida na quarta-feira pelo Movimento dos Utentes de Serviços Públicos de Gaia contra o facto de os SASU dos Carvalhos e de Soares dos Reis se encontrarem fechados desde 2018, a ARS-Norte rejeitou as críticas.

“Ouvidas as diretoras executivas do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] Gaia e ACES Gaia/Espinho, informamos que os referidos ACES têm mantido em funcionamento dois serviços de atendimento complementar, respetivamente em Vilar de Andorinho [Gaia, distrito do Porto] e Espinho [distrito de Aveiro], e ambos os serviços têm dado resposta adequada às necessidades da população”, refere a resposta da ARS-Norte.

O Movimento dos Utentes de Serviços Públicos de Gaia exigiu, na quarta-feira, que os SASU dos Carvalhos e de Soares dos Reis, encerrados em 2018, sejam reabertos, porque a alternativa “é de difícil acesso”.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Teixeira, do Movimento dos Utentes de Serviços Públicos de Gaia, descreveu que “durante mais de duas décadas funcionaram em Vila Nova de Gaia, quer nos Carvalhos, quer em Soares dos Reis, unidades de apoio ao serviço de urgência com horário alargado”, mas esses, fechados em 2018, não voltaram a abrir.

“Quando as pessoas se sentiam doentes, em vez de sobrecarregar a urgência do hospital, iam aos SASU. O de Soares dos Reis dava apoio à população gaiense do oeste e a margem do mar e do rio e o dos Carvalhos dava apoio à população do sul. Mas fecharam-nos com a promessa de que reabririam após obras de beneficiação”, referiu Francisco Teixeira.

O Movimento dos Utentes de Serviços Públicos de Gaia realizou uma iniciativa de alerta no Largo da Feira Velha, nos Carvalhos.

Criticando a opção de centralizar os SASU em Vilar de Andorinho, o responsável contou que, “na altura, a população mobilizou-se e protestou, mas os protestos foram desmobilizados após promessas”.

Francisco Teixeira apontou o dedo à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e à ARS-Norte.

“Passaram-se quatro anos. Não foram só seis meses. Está tudo na mesma. Há grande prejuízo porque Gaia não tem bons transportes públicos, por exemplo, à noite. [O utente] ou tem carro próprio ou gasta com táxi. Os acessos são maus, sobretudo agora que as ruas estão cheias de buracos por causa das obras do metro”, disse o responsável.

A agência Lusa pediu esclarecimentos à autarquia de Gaia que não quis comentar.

LUSA/HN

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