Investigadores do Porto criam ferramenta para diminuir complicações durante o parto

22 de Julho 2022

Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), no Porto, estão a desenvolver uma ferramenta capaz de simular o parto em computador que visa apoiar a prática obstétrica e diminuir as complicações.

31Em declarações à agência Lusa, a investigadora Dulce Oliveira esclareceu hoje que a equipa está a trabalhar num sistema capaz de simular o parto em computador para “servir de apoio à decisão clínica”, mas também “contribuir para que as mães tenham uma experiência sem complicações”.

Nesse sentido, os investigadores debruçaram-se na criação de “modelos tridimensionais”, nos quais, são depois aplicadas, com base algoritmos, características mecânicas de diferentes estruturas pélvicas, por forma a “simular o parto”.

“O nosso objetivo é conseguir criar uma base de dados que, além da informação recolhida durante a gravidez, como as dimensões e posição do feto, inclua informação da mãe, o que atualmente não é muito feito, nomeadamente, ao nível da musculatura pélvica”, esclareceu, lembrando que essa informação é, atualmente, “rara”.

“Queremos tornar possível a criação de modelos de parto orientados ao paciente de forma atempada, de modo que cada parto seja personalizado para evitar complicações”, salientou Dulce Oliveira, lembrando que atualmente não existe muita informação sobre “o comportamento mecânico dos tecidos”.

Através desta ferramenta computacional, os profissionais de saúde podem analisar autonomamente a biomecânica associada ao parto de cada paciente.

A par das vantagens clínicas, ao nível da decisão e prática obstétrica, a ferramenta pode também ter potencial nos campos de investigação e formação.

À Lusa, Dulce Oliveira adiantou que “ainda faltam aspetos a trabalhar” e que, por essa razão, a equipa de investigadores submeteu uma nova candidatura a financiamento para consolidar a solução.

Além de investigadores do INEGI, o projeto ‘SIM4SafeBirth’, contou com a colaboração de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e foi cofinanciado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

LUSA/HN

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