Ministro da Educação diz que escolas de Cabo Verde “souberam responder”

26 de Julho 2022

O ministro da Educação de Cabo Verde, Amadeu Cruz, reafirmou hoje que as escolas são locais seguros e que “souberam responder” em mais um ano letivo com casos de Covid-19.

Instado a fazer um balanço do ano letivo 2021-2022, que termina este mês, o ministro disse que os dados estão a ser ultimados, mas aproveitou para enaltecer o trabalho dos professores, funcionários e dirigentes das escolas e das delegações.

Amadeu Cruz recordou que o país iniciou o ano letivo ainda no contexto de prevalência da Covid-19 e enfrentou um pico de casos no final de 2021 e início de 2022, com a variante Ómicron a circular no arquipélago.

“E as escolas souberam responder, as escolas não são foco de transmissão da Covid-19 e são locais seguros para os nossos alunos, para os nossos funcionários e para os nossos professores”, enfatizou, em conferência de imprensa, na Praia.

O ministro reconheceu o trabalho realizado pelos professores e pelos funcionários na manutenção das condições sanitárias nas escolas, mas também o esforço que fizeram de adaptação para recuperar as aprendizagens.

“E houve um esforço titânico no início do ano letivo para que houvesse a recuperação das aprendizagens. Há estabilização de funcionamento neste momento das escolas, nós devemos transmitir essa confiança que, de facto, as escolas funcionaram dentro da normalidade”, garantiu Amadeu Cruz.

O titular da pasta da Educação em Cabo Verde não esqueceu os pais e encarregados de educação, por terem acreditado e confiado no sistema.

“Ao contrário de outros países, nós anunciámos antecipadamente a normalização das escolas e durante todo o ano letivo tivemos as escolas a funcionar dentro da normalidade”, vincou, dando conta que alguma sala de aula teve que ser encerrada, mas não houve suspensão geral das aulas.

Mesmo sem ter todos os dados disponíveis, o governante disse que o resultado das aprendizagens dá “alguma satisfação”, com abandono escolar no ensino básico abaixo de 1% e de 1,5% no ensino secundário.

Amadeu Cruz apontou, no entanto, “alguma dificuldade” na avaliação da transição do 8.º para o 9.º ano, prometendo “aprimorar um pouco” para diminuir as taxas de retenção.

Cerca de 130 mil crianças e jovens, auxiliados por mais de 6.000 professores, regressaram às escolas cabo-verdianas em setembro de 2021, com carga horária completa e presencial.

Destes, cerca de 16.500 frequentaram os jardins-de-infância, 83.500 o ensino básico obrigatório (do 1.º ao 8.º ano de escolaridade) e cerca de 30.000 no ensino secundário (do 9.º ao 12.º ano de escolaridade).

Devido à pandemia de Covid-19, as aulas presenciais em Cabo Verde foram suspensas em março de 2020, no final do segundo período desse ano letivo (2019/2020).

Foram retomadas em 01 de outubro de 2020 em todo o país, e um mês depois na cidade da Praia – que na altura registava um pico de contágios por Covid-19 –, mas por três dias por semana e com horários reduzidos.

O atual ano letivo iniciou com os alunos ainda a usar máscaras nas salas de aula, mas em abril a obrigatoriedade do seu uso em espaços fechados foi levantado em Cabo Verde, passando a ser recomendado em situações específicas.

Cabo Verde tinha até segunda-feira 121 casos ativos de Covid-19, de um total de 62.078 casos positivos acumulados desde o início da pandemia, dos quais 61.493 foram dados como recuperados e 409 óbitos.

LUSA/HN

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