O projeto, que vai envolver cientistas, autoridades regionais e de saúde, e a sociedade civil, em Portugal e na Grécia, decorre durante quatro anos e conquistou um financiamento de cerca de cinco milhões de euros, em resultado de uma candidatura apresentada ao programa Horizonte Europa, sublinhou a UC, em nota enviada à agência Lusa.
“Vai contribuir para criar evidência científica para os benefícios de estilos de vida saudável associados à dieta mediterrânica para promover a saúde e prevenir doenças cerebrovasculares”, adiantou, citado na nota, João Malva, coordenador do consórcio e investigador da Universidade de Coimbra.
O objetivo central do consórcio europeu quer concretizar-se através de um “forte investimento na investigação científica de qualidade, na formação de recursos humanos muito qualificados (ao nível do doutoramento), na transformação do conhecimento em inovação e com impacto no mercado, bem como na capacitação dos cidadãos para ajustar os seus estilos de vida, de modo a promover a saúde e evitar a doença, contribuindo para um envelhecimento ativo e saudável”, destacou o investigador.
O consórcio é composto por dois polos, um português – coordenado pela Universidade de Coimbra, com a participação do Instituto Pedro Nunes, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Laboratório Colaborativo Colab4Ageing e da Glintt, empresa tecnológica da área da saúde – e outro grego, que integra a Universidade de Creta, a Fundação para a Investigação e Tecnologia Hellas e o Hospital Universitário de Heraklion.
De acordo com um comunicado de imprensa, o trabalho do consórcio vai incluir sete principais áreas de atuação, desde logo “na criação de sinergias entre e dentro dos dois polos”, em Portugal e na Grécia.
Outro objetivo passa pela “promoção de um projeto conjunto para identificar mecanismos celulares e moleculares, bem como alvos terapêuticos para a prevenção e tratamento de doenças cerebrovasculares”.
A formação avançada, inovação e empreendedorismo “de uma nova geração de cientistas e profissionais” e a “aceleração da inovação e do desenvolvimento de produtos e serviços para o mercado associado à dieta mediterrânica e a estilos de vida saudáveis”, são outras metas enunciadas pelo consórcio europeu.
Estas incluem ainda a “implementação de um projeto-piloto para disseminação de literacia em saúde e sensibilização de cidadãos em torno dos benefícios de estilos de vida saudáveis e da dieta mediterrânica na prevenção da doença cerebrovascular”, a implementação de um “demonstrador de desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras para melhorar o tratamento das patologias cerebrovasculares e sua reabilitação”, para além da comunicação e disseminação de informação sobre o projeto “para criar impacto na sociedade e nos decisores para promover a saúde ao longo de toda a vida”.
Também citado na nota, Amílcar Falcão, reitor da UC, considerou a coordenação do consórcio europeu “mais um marco da importância que o tema do envelhecimento ativo e saudável tem tido, nos últimos anos, na estratégia para a investigação da Universidade de Coimbra” e, “indiscutivelmente, um tema absolutamente central para a sociedade: longevidade com qualidade de vida”.
LUSA/HN
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