Os resultados do estudo publicados no The American Journal of Pathology revelam que através de uma biópsia de pele minimamente invasiva é possível verificar danos nos tecidos e doenças respiratórias em doentes com Covid-19.
“Fomos o primeiro grupo a reconhecer que a doença pulmonar da Covid-19 aguda era diferente de outras infecções respiratórias críticas graves e que a patologia incomum era sistêmica”, explicou o investigador Jeffrey Laurence, MD, do Departamento de Medicina, Divisão de Hematologia e Oncologia Médica, Weill Cornell Medicine, Nova Iorque.
O estudo incluiu quinze pacientes que estavam em terapia intensiva com COVID-19 e seis pacientes com sintomas leves a moderados de COVID-19, como febre, calafrios, tosse ou falta de ar. Amostras de biópsia de nove pacientes hospitalizados com doença respiratória ou renal grave ou crítica que morreram antes da pandemia também foram incluídas no estudo.
Na pesquisa foram detetados pequenos coágulos em treze dos quinze pacientes com infeção grave ou crítica de Covid-19. Nas biópsias feitas dos pacientes que tiveram infeção moderada não foram detetados coágulos nos vasos sanguíneos.
O investigador Laurence sublinha que os resultados do estudo têm implicações clínicas.
“Embora os anticoagulantes tenham sido usados na era pré-COVID-19 em pneumonias associadas à sepsis para reduzir o tromboembolismo de macrovasos, a maioria dos ensaios randomizados até o momento não descobriu que esse tratamento beneficia pacientes hospitalizados que estão gravemente doentes com Covid-19. Esses medicamentos podem não ser capazes de reduzir a trombose de microvasos encontrada na infecção por SARS-CoV-2”, revela.
HN/NR/AG/ Vaishaly Camões
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