Anualmente, celebra-se o dia mundial do cancro do pulmão no dia 1 de agosto, chamando a atenção para um cancro muito comum e muitas vezes com mau prognóstico.
O grande enfoque é feito, e muito bem, nos hábitos tabágicos que têm a responsabilidade da esmagadora maioria desses cancros. Seria bom, no entanto, chamar a atenção para a sua potencial etiologia profissional e para colocar o mesmo empenho colocado na evicção dos hábitos tabágicos na necessidade da correcta gestão do risco da exposição profissional a esses agentes profissionais.
Talvez o amianto constitua o exemplo mais mediatizado dessa etiologia profissional que, nesse caso também causa o cancro da pleura (ou mesotelioma) e cancros com outras localizações.
Apesar disso, é muito pouco frequente, a propósito do cancro do pulmão de origem profissional, a referência a essa potencial origem profissional que não se esgota no amianto e que, tal como o fumo do cigarro (ou de outro tabaco), é totalmente prevenível. Acresce a circunstância dessa opção, nesses casos, não ser individual e de até acontecerem, embasbacassem-se, em trabalhadores que ganham a vida com o seu trabalho. Alguns, no entanto, em vez de ganhar a vida, perdem-na.
O dia mundial do cancro do pulmão é mais uma oportunidade para colocar na agenda a necessidade que as exigências do trabalho não só não impliquem risco para a saúde de quem trabalha, mas que constituam mesmo situações de promoção da saúde de quem contribui tanto para o bem comum através da sua participação na criação de riqueza que é o verdadeiro “adubo” das sociedades desenvolvidas.
Não será isso suficiente para chamar a atenção para a potencial origem profissional do cancro do pulmão?
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