Fundação Fiocruz pede registo de kits de diagnóstico da Monkeypox no Brasil

12 de Agosto 2022

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou esta quinta-feira ter solicitado o registo junto das autoridades de saúde brasileira de dois kits moleculares para diagnóstico da Monkeypox.

Já foram produzidas 24 mil dos dois protocolos estabelecidos para uso em pesquisa, que, segundo o comunicado da Fiocruz, identificam o material genético do vírus da Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos.

“A importância das ações de preparação para emergências sanitárias se expressa nesta oferta rápida dos kits moleculares em resposta à Monkeypox. Uma cadeia de suprimentos mais efetiva, após a experiência com a Covid-19, e um arranjo produtivo local fortalecido contribuem para a autonomia nacional em relação a insumos indispensáveis ao enfrentamento de problemas de saúde pública, que têm surgido com mais frequência e maior alcance”, indicou, em comunicado, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

De acordo com a Agência Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está a analisar cinco pedidos de registo de produtos para o diagnóstico de varíola dos macacos.

O Brasil já registou mais de 2.130 casos confirmados da varíola dos macacos e até o momento pelo menos 20 estados e o Distrito Federal já contam com registos de casos da doença.

Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que a epidemia de Monkeypox que afeta o mundo não está ligada aos macacos, lamentando que primatas possam ter sido atacados no Brasil.

“As pessoas precisam de saber que a transmissão que estamos a ver agora é entre humanos”, disse a porta-voz da OMS Margaret Harris numa conferência de imprensa, em Genebra, após ter sido questionada sobre relatos de ataques a macacos no Brasil.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infeciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

LUSA/HN

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