“Deseja-se que o próximo ministro titular da pasta da Saúde se afigure sensível ao que diz respeito aos serviços médicos de emergência e que ocasione uma restruturação de fundo que só irá favorecer o país”, salientou a ANTEM em comunicado.
Segundo a associação, os serviços médicos de emergência carecem de uma “restruturação de fundo, desde a base do edifício até ao seu topo”.
Alegando os problemas estruturais desses serviços, a ANTEM salientou ainda que solicitou audiências a Marta Temido “sem que nunca tenha obtido qualquer resposta”, nem mesmo às cartas enviadas, o que demonstrou uma “total falta de respeito institucional” por parte da governante.
“Do mesmo modo que a ministra titular da pasta da saúde apresentou a sua demissão, o conselho diretivo do INEM também o deveria fazer e, com efeitos imediatos, pois é nossa certeza de que este deixou já de reunir as condições para o exercício das funções há muito tempo”, sublinhou ainda a associação.
Também em comunicado, a Associação Profissional dos Técnicos Auxiliares de Saúde (APTAS) considerou a demissão de Marta Temido como “inevitável”, alegando “que sempre tratou tão mal o pilar base do sistema de saúde em Portugal, que são os seus profissionais”.
A governante apresentou a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo.
A demissão, já aceite pelo primeiro-ministro, foi noticiada de madrugada, mas ontem de manhã fonte oficial do gabinete de António Costa disse à Lusa que a substituição da ministra da Saúde “não será rápida”, adiantando que o chefe do Governo gostaria que fosse esta governante a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS.
Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes, e foi ministra durante os três últimos três executivos, liderados por António Costa.
LUSA/HN
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