“A urgência de ginecologia e obstetrícia é uma necessidade das populações servidas pelo Hospital de Vila Franca de Xira, portanto um serviço de referência deste hospital, e que por isso não pode encerrar. O seu encerramento significaria a continuidade da opção das políticas de direita que têm visado desmantelar e destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS), cujas respostas necessárias têm sido rejeitadas pelo PS no Governo”, afirma, em comunicado, a concelhia do PCP de Vila Franca de Xira.
O Expresso ‘online’ divulgou na terça-feira que a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional de saúde do Centro: as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco.
“Pela imperatividade da existência deste serviço neste hospital, agora posta em causa, o PCP apresentou [esta quarta-feira] mesmo na Assembleia da República, isto é, no mesmo dia em que a intenção foi tornada pública, um pedido de audição ao Ministro da Saúde. No imediato, o PS chumbou esse mesmo pedido”, referem os comunistas.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, em entrevista à RTP, garantiu que não será fechado nenhum serviço de obstetrícia e blocos de parto nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao final do ano, sendo que a decisão só deverá ser tomada no início de 2023.
O ministro garantiu que o Governo irá fazer uma “avaliação criteriosa” ao estudo preliminar que propõe “muitas medidas, entre as quais, o eventual fecho de maternidades”.
“Não lhe posso responder se vão ou não encerrar, vamos fazer uma avaliação. Nunca [fechar] nos próximos meses, seguramente que não até final do ano”, frisou, sublinhando estar empenhado em garantir que o sistema público de maternidades “funciona”.
Na entrevista, o ministro referiu ainda que a verba do Orçamento do Estado 2023 para a saúde de cerca de 15 mil milhões é a “maior dos últimos anos”, indicando que há “maleabilidade para transferência de verbas para despesa com pessoal nos hospitais”.
LUSA/HN
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