Este ano (e neste quarto trimestre) a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa perfaz 200 anos de existência. Desde a sua fundação, em 1 de dezembro de 1822, que a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa tem por finalidade contribuir para o aperfeiçoamento dos conhecimentos médicos em todas as suas dimensões.
A Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, cuja história deve constituir motivo de orgulho para todos nós, é, pois, das agremiações médicas mais antigas do mundo, sendo criada no mesmo ano do aparecimento da sua homóloga francesa (a Academia de Medicina de Paris), dez anos antes da British Medical Association e precedendo, também, em vinte e cinco anos a American Medical Association. É certo que a Sociedade das Ciências Médicas, na primeira e efémera fase da sua existência, durou apenas seis meses, não resistindo – a par de todas as restantes instituições liberais daquela época – ao movimento insurreccional restaurador do absolutismo.
Foi “berçário”, em 1965, da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (prestes a completar 57 anos) que, entretanto, se autonomizou, como foi o caso de outras dezenas de sociedades médicas, algumas extintas, como a Sociedade Portuguesa de Saúde Pública (este ano renascida fora do seu seio e, aparentemente, sem relação com a sua antecessora). Tal política ocorreu na sequência das suas revisões estatutárias de 1955 que incluíram disposições de promoção da criação de secções especializadas.
Deve-se assinalar ainda a publicação do seu periódico “Jornal da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa” que iniciou a sua publicação em 1835 e que ainda mantém o seu título original e que antecedeu em 44 anos o “La Presse Médicale”. É ainda no seu seio que nasceu a Academia Portuguesa de Medicina, em 30 de julho de 1991 que está na origem da Academia Nacional de Medicina de Portugal em 2007.
0 Comments