“Vamos fazer na sexta-feira, dia 11 [deste mês], uma reunião de atualização no Infarmed porque foi isso que nos comprometemos”, disse Manuel Pizarro, acrescentando que até agora a realidade mostra que a decisão de interromper o estado de alerta (no dia 01 de outubro) foi acertada.
O governante falava aos jornalistas em Campo Maior (Portalegre), à margem da sessão de encerramento do XIV Encontro de Intervenção Precoce “Desenvolvimento Infantil: Um passo atrás do outro”.
Manuel Pizarro referiu também que a interrupção do estado de alerta no início de outubro “não significava” o fim da pandemia.
“É isso que vamos fazer no dia 11, é uma vez mais uma reunião com peritos que nos vão dar informação sobre a situação internacional e a situação nacional da pandemia e sobre os dados de monitorização que nós temos até agora”, explicou.
Segundo o ministro, esses dados baseiam-se “não tanto no número de pessoas com infeção, porque esse diagnóstico já não é feito de forma generalizada como era, mas sobretudo das pessoas que precisam de recorrer ao internamento ou precisam ou têm um desfecho menos positivo”.
O ministro da Saúde fez ainda questão de sublinhar que nesta altura “não há nenhum indicador” do ponto de vista epidemiológico ou do ponto de vista da gravidade da doença que justifique efetuar reuniões permanentemente.
O governante sublinhou também a forma como está a decorrer nesta altura a vacinação, alertando que é preciso insistir neste processo junto das populações.
“Neste momento mais de 1,7 milhões de portugueses já se vacinaram contra a gripe e já se vacinaram contra a covid-19, já vacinamos praticamente todas as pessoas que residem em lares para pessoas idosas e na rede de cuidados continuados, mas precisamos de insistir porque ainda há muitos portugueses para se vacinarem”, constatou.
As chamadas reuniões no Infarmed, em Lisboa, decorreram periodicamente no período mais crítico da pandemia de Covid-19 com especialistas a darem conta do evoluir da Covid-19 perante o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e a diretora-geral da Saúde, entre outros. As análises dos peritos foram um ponto de partida para as decisões governamentais.
LUSA/HN
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