Em declarações à Agência Lusa, Cristina Calisto referiu que, “até agora, esteve-se a colocar em cima da mesa as razões para que a Unidade de Saúde seja efetivamente um Centro de Saúde”.
As Unidades de Saúde são pequenas unidades operativas dos Centros de Saúde, que estão dotados de mais meios técnicos e de recursos humanos, bem como especialidades médicas, funcionando em horários mais alargados.
De acordo com Cristina Calisto, o momento é de questionar o Governo Regional sobre “que razões impedem que, numa ilha com seis concelhos, apenas na Lagoa, o concelho em que a perda de população foi residual, não exista um Centro de Saúde com gestão de enfermagem e médica autónoma”.
A autarca ressalvou que a Unidade de Saúde está ”acoplada ao Centro de Saúde de Ponta Delgada, com prejuízo para o serviço que é prestado no concelho”.
A autarca observou que “não se pode confundir a pretensão com o facto de existir um hospital privado no concelho, cujos cuidados são diferenciados de um centro de saúde, que presta serviços primários”.
Cristina Calisto destacou a implementação do Conselho Municipal de Saúde, a par da criação do perfil de saúde já realizado, bem como comissões que “estão a trabalhar no desenvolvimento do Plano de Saúde Local, onde estão identificadas as problemáticas de saúde”.
“Não se pode depois esbarrar numa questão como esta quando não há recursos e condições, falhando a psicologia, a medicina dentária e a nutrição, a par de outras tantas áreas”, afirmou a autarca, à margem de uma reunião com o secretário regional das Pescas.
A presidente da Câmara Municipal da Lagoa – que assinalou a “dinâmica económica e social de que o concelho tem sido alvo, o que tem atraído pessoas para residir” – considerou que “não é justo que a Lagoa esteja equiparada à freguesia de São Roque (concelho de Ponta Delgada), que tem quatro mil habitantes, e à freguesia dos Arrifes~(Ponta Delgada), que tem sete mil”, quando possui cerca de 15 mil habitantes.
“Nós temos que ir acompanhando as mudanças, não se pode alavancar áreas e depois, noutras, não avançar, como é o caso da saúde, que é uma das essenciais”, concluiu a autarca.
LUSA/HN
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