“A OIM, graças à sua vasta experiência em emergências de saúde pública, tem sido capaz de apoiar a resposta imediatamente, e necessita de financiamento adicional urgente para evitar a perda de vidas e sofrimento evitáveis”, disse Jacqueline Weekers, diretora de Saúde das Migrações da OIM.
“Sempre que há um surto de doença transmissível, não há tempo a perder”, acrescentou a reponsável da OIM.
O Líbano declarou em outubro deste ano o seu primeiro caso de cólera em 30 anos, e até ao dia 11 de novembro cerca de 3.253 casos e 18 mortes foram registados.
Esta emergência de saúde pública surge numa altura em que o país se vê numa grave crise económica que enfraqueceu o seu sistema de saúde pública e degradou o abastecimento de água, saneamento e higiene, deixando comunidades vulneráveis mais dependentes de fontes de água inseguras e aumentando a sua exposição a doenças transmitidas pelos líquidos e pelos alimentos, tais como a cólera.
Através deste apelo, a OIM procura 365 mil dólares para sustentar a sua resposta até ao final de março de 2023, para continuação dos serviços essenciais, incluindo comunicação de risco e envolvimento da comunidade, apoio à capacidade de resposta da saúde pública através do fornecimento de equipamento como camas de cólera, material médico, ‘kits’ de testes, cuidados médicos para migrantes que necessitam de hospitalização devido à infeção da cólera e apoio ao saneamento e higiene da água para reduzir a transmissão.
Os voluntários da OIM na área da saúde da comunidade têm vindo a realizar esforços de sensibilização em todo o Líbano, entre migrantes e outras comunidades vulneráveis, informando sobre os sintomas, medidas preventivas da cólera e como aceder ao apoio médico.
Desde o início da epidemia de cólera no país, a OIM alcançou aproximadamente quinze mil pessoas.
A OIM tem sido importante na ajuda aos países e comunidades na preparação e contenção de surtos de doenças infecciosas.
Só em 2021, a organização apoiou 57 planos de emergência de saúde pública em todo o mundo, vacinou mais de 1 milhão de pessoas no contexto de surtos de doenças e alcançou mais de 10 milhões de pessoas com atividades de comunicação de risco e de envolvimento comunitário.
LUSA/HN
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