A avaliação de desempenho é a principal questão levantada pelos sindicatos do setor, que na sua opinião continua por esclarecer.
“À semelhança do que acontece com outras carreiras, a avaliação de desempenho e a atribuição de pontos não foi qualificada pelo Ministério da Saúde e, portanto, as entidades estão a aplicar aquilo que é o mínimo de pontos, com que obviamente não concordamos”, explicou o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde nas Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luís Dupont, à agência Lusa.
O sindicato pede o reconhecimento da aplicação do sistema de avaliação de desempenho com a atribuição de 1,5 pontos por ano, independentemente do vínculo contratual.
Atualmente existem três categorias: a de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica, técnico superior especialista e técnico superior especialista principal.
No entanto, segundo Luís Dupont, falta esclarecer o sistema de avaliação, que é relevante na progressão das carreiras no setor.
“A não-clarificação da atribuição dos pontos leva a que as pessoas estejam prejudicadas nessa área, no reposicionamento remuneratório”, esclareceu Luís Dupont, o que leva os trabalhadores a ganharem “menos do que deveriam” e que está definido desde 2019.
Luís Dupont disse que não há respostas do Ministério da Saúde, liderado por Manuel Pizarro, às propostas dos sindicatos e que não sabem “o que é que esta nova equipa pensa e o que pretende fazer”, enquanto que com Marta Temido, que se demitiu em agosto de 2022, havia um “compromisso”.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica reunidos ontem em plenário trabalham no Hospital Beatriz Ângelo e protestaram também por não estarem abrangidos no acordo coletivo existente entre os sindicatos e várias unidades de saúde públicas em Portugal continental.
Desde janeiro de 2022 que este hospital do distrito de Lisboa passou para a gestão pública, após 10 anos num regime de parceria público-privada com o grupo Luz Saúde.
O STSS vai também juntar-se à paralisação da Função Pública, agendada para 18 de novembro, e prepara uma greve às horas extraordinárias que deverá acontecer no final do mês de novembro.
LUSA/HN
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