Terminaram esta quarta-feira as negociações com o Ministério da Saúde de revisão salarial para compensar “a compressão” provocada pela subida do salário mínimo nacional, que culminaram na subida em um índice remuneratório na tabela salarial destes técnicos, explicou o presidente do STEPH, Rui Lázaro.
A subida corresponde a uma valorização de cerca de 55 euros, que se junta aos cerca de 52 euros anunciados para a administração pública e que se traduzem num aumento salarial de mais de 100 euros para os técnicos de emergência pré-hospitalar a partir de janeiro, quando entrar em vigor o Orçamento do Estado para 2023.
O STEPH obteve ainda a garantia de início de negociações para aprovar o acordo de carreira especial e a sua valorização, o que justifica a decisão de levantar a greve ao trabalho extraordinário, em curso desde 08 de novembro.
“Estamos desiludidos, porque as expectativas [de valorização] eram muito superiores, mas face aos compromissos assumidos queremos mostrar esta abertura”, disse à Lusa Rui Lázaro.
A greve deve ser efetivamente levantada a partir de hoje, com as formalizações necessárias, explicou o presidente do sindicato.
Rui Lázaro alertou ainda que se sobre o processo de valorização de carreira não houver novidades até ao final do ano “não restará alternativa” a estes técnicos “senão voltar à luta e ações reivindicativas”.
Em reação ao anúncio do levantamento da greve, em comunicado, o Ministério da Saúde saudou “a abertura ao diálogo e a postura cooperante manifestada por esta estrutura sindical, muito em particular numa altura em que se verifica um acréscimo na procura de cuidados de saúde em contexto de outono-inverno, o que resulta num esforço acrescido também para os técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH)”, agradecendo ainda a estes técnicos o seu “papel central” no sistema de saúde e reiterando o compromisso “com um caminho de entendimento e valorização dos TEPH”.
LUSA/HN
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