No âmbito da inauguração de novas instalações da Sanofi, no Lagoas Park, em Oeiras, o ministro sublinhou a importância da indústria farmacêutica nos avanços da investigação, desenvolvimento e inovação do sistema de saúde.
De acordo com Manuel Pizarro, a indústria farmacêutica tem tido “um papel central no nosso sistema de saúde”. “A tecnologia desta indústria mudou as nossas vidas. Os mais relevantes ganhos em saúde que conseguimos nas últimas décadas deve-se em larga escala às aquisições e à inovação da indústria farmacêutica”.
O responsável pela pasta da Saúde sublinhou o papel das farmacêuticas no desenvolvimento de vacinas, destacando que a vacinação “não só salva vidas, mas melhora drasticamente a qualidade de vida das pessoas que passam a viver com doenças que eram, há uns anos, rapidamente fatais e incapacitantes”.
Apesar de reconhecer que é preciso investir mais na saúde, defende que é preciso “arranjar um modelo sustentável”. Para Manuel Pizarro, a sustentabilidade financeira do sistema de saúde passa, essencialmente, pela mudança de comportamentos.
“Não podemos ser otimistas sobre a sustentabilidade financeira de um sistema de saúde se continuamos a verificar que um em cada quatro alunos continua a fumar, um em cada nove adultos é portador de diabetes e que um em cada três adultos tem hipertensão arterial”, frisou.
Aos olhos do ministro, a pandemia demostrou a importância de estar atentos às doenças infeciosas. “As doenças infeciosas serão uma ameaça constante para os sistemas de saúde. A pandemia da Covid-19 mostrou que estas doenças estão longe de estar ultrapassadas. Precisamos de continuar a prestar uma atenção especial”, defendeu.
Sobre o impacto da exportação de medicamentos para a economia portuguesa, Pizarro disse que é preciso haver uma maior aposta nesta área.
“Na área dos medicamentos, que é de longe o maior contribuidor para a exportação portuguesa no domínio da saúde, continuamos a ser dos poucos países da União Europeia que tem um balanço de pagamentos negativo na área da saúde”.
Neste sentido, apelou para um novo olhar por parte da indústria. “As multinacionais farmacêuticas devem olhar para Portugal não apenas como um cliente da inovação terapêutica, mas também como um país que tem infraestruturas de investigação, desenvolvimento e tecnologia suscetíveis de aumentar a incorporação nacional e um belíssimo país para instalar bases industriais.”
No final da intervenção, o responsável sublinhou a importância de garantir “o acesso de todos os doentes, independentemente da sua condição social e económica, à inovação tecnológica na área da saúde”.
HN/Vaishaly Camões
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